Novo ardor na Pastoral dos Açores

“Urge, pois, evangelizar de novo, com a frescura e o ardor do primeiro anúncio” – escreveu D. António Sousa Braga, bispo de Angra, na Carta Pastoral «Propor e transmitir a fé na sociedade actual». Na última reunião plenária do Conselho Presbiteral tomou-se consciência da “grande mutação cultural em acto na sociedade açoriana e a consequente exigência da Nova Evangelização, com novos métodos, novas expressões, novo ardor”. Perante estes factos, o bispo de Angra apela à mudança menos do Evangelho. “A evangelização será nova, na medida em que tiver em conta os destinatários” mas “não se pode evangelizar, propor e transmitir a fé, sem conhecer e procurar compreender a sociedade, em que vivemos”. – realça. A época actual é de transição, em que se vai “desmoronando o regime de cristandade, no qual, se ia transmitindo a fé de geração em geração, quase por osmose”. Hoje, já não se verifica essa transmissão “quase espontânea da fé. Cada vez mais, se é cristão por opção e não por tradição” – sublinha o prelado açoriano. Neste caminho opcional, D. António Sousa Braga pede uma mobilização geral da Diocese, em todas as suas instâncias. “Não bastam respostas pontuais”. Impõem-se respostas globais e integradas. “A partir de uma análise, o mais possível objectiva, da realidade circundante, para ver como podemos propor e transmitir a fé na sociedade actual”. Depois de anunciar o fio condutor da programação pastoral diocesana dos próximos anos, o bispo de Angra inclui também a “possibilidade de convocar um Sínodo Diocesano, se e quando houver condições objectivas para tal”. Para 2009, comemora-se os 475 anos da criação da diocese (3 de Novembro de 1534) “faremos nova avaliação da caminhada pastoral, durante a Semana Diocesana”. Como a Paróquia “não é propriamente uma agência burocrática de serviços religiosos”, o prelado do arquipélago dos Açores pede para que a Paróquia seja comunidade “de vida pela vida do mundo” e não apenas a “presença material no território”. E finaliza: “Tem de ser uma presença cristã, comprometida e solidária com as pessoas, na sua luta pela vida. É preciso ser «próximo» e estar presente nos ambientes de vida. Não apenas, a nível individual, mas de forma organizada e comunitária”. Notícias relacionadas • Carta Pastoral do Bispo de Angra

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Agência ECCLESIA

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