Seminários: «Faculdade de Teologia ajuda a colocar os seminaristas em contacto com os desafios do nosso mundo» – João Duque

Pró-reitor da Universidade Católica analisou com D. Manuel Clemente e D. António Couto o contributo do ambiente académico na formação dos futuros padres

Foto Agência ECCLESIA/JPG

Braga, 18 nov 2022 (Ecclesia) – O pró-reitor da Universidade Católica Portuguesa João Duque afirmou que a Faculdade de Teologia (FT) promove um “diálogo aberto” com todos os saberes e com “os desafios comuns a todos humanos” junto dos seus alunos, nomeadamente os seminaristas.

“Acreditamos que uma FT ajuda a colocar os seminaristas, eventualmente futuros presbíteros, mais diretamente em contacto com os desafios do nosso mundo contemporâneo, na medida em que, estando inserida numa universidade, a universidade está inserida muito diretamente com muitas áreas do saber e é nos desafios comuns a todos humanos, crentes e não crentes, que estamos inseridos”, afirmou João Duque.

“O papel da Faculdade de Teologia é fazer com os seminaristas cheguem a esse mundo e esse mundo chegue aos seminaristas”, afirmo o pró-reitor da Universidade Católica Portuguesa (UCP) em declarações à Agência ECCLESIA, em Braga, no Congresso Internacional sobre os Seminários Católicos.

No terceiro dia de trabalhos do congresso promovido pelo Seminário Conciliar de Braga, nos 450 anos de fundação, uma mesa redonda analisou o tema “O papel de uma Faculdade de Teologia para a formação dos futuros presbíteros” a partir da análise do magno chanceler e patriarca de Lisboa D. Manuel Clemente, do professor da FT e bispo de Lamego D. António Couto e o pró-reitor João Duque.

Para João Duque, a FT, com escolas em Lisboa, Porto e Braga, onde a maioria dos alunos são seminaristas, “ajuda a evitar que se constitua uma bolha à volta do que for, nomeadamente os seminários”.

D. António Couto destaca que “um dos objetivos fundamentais” da FT é ser um lugar onde se debatem as “as questões essenciais que um ser humano levanta, mais tarde ou mais cedo”.

“Se a FT que existe não for um lugar de resposta a essas questões – e se elas não se levantarem deve ser a Faculdade a levantá-las – a Faculdade não cumpriria um dos seus objetivos fundamentais”, afirmou o bispo de Lamego.

Para o professor de Sagrada Escritura na FT, o “sentido da vida é uma questão chave” e a deve ser “posta, colocada, refletida, dialogada” no âmbito da sua ação.

Para D. Manuel Clemente, a FT é o ambiente onde as “questões que Cristo traz hão de ter lugar”, seja no decorrer da componente letiva, seja no diálogo com outros saberes.

“A Teologia tem de ser uma referência nisso para que as questões sejam postas”, afirmou o magno chanceler da UCP e antigo professor de História da FT.

D. Manuel Clemente disse que a FT deve “habilitar-se” a participar na reflexão sobre as questões existenciais para que estejam presentes “na sociedade em geral e na cultura”, podendo “ganhar com o contributo que dois mil anos de cristianismo deram”.

O Congresso Internacional sobre a problemática dos seminários católicos termina este sábado, em Braga, com a indicação de “práticas e narrativas” que decorrem de quatro dias de trabalhos.

PR

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Agência ECCLESIA

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