Migrações estão na agenda dos governos

As migrações são “um grande desafio à Igreja” – disse o Pe. Rui Pedro, ex-director nacional da Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCPM), aos participantes do Encontro Nacional dos Secretariados Diocesanos da Pastoral da Mobilidade Humana, a decorrer em Vila Nova de Mil Fontes (Diocese de Beja), de 9 a 12 de Julho. Numa sociedade secularizada, os imigrantes trazem “até nós a dimensão transcendente da existente humana”. Ao fazer um balanço do trabalho realizado na OCPM, o Pe. Rui Pedro realça que as migrações “são um tema de agenda de todos os governos, universidade e ONGs.” A parceria com outras instituições é fundamental porque torna o trabalho “mais produtivo”. “Mulheres em mobilidade: fronteiras de dignidade” é o tema deste encontro. A mulher é “vítima de uma tripla discriminação: por ser mulher, por ser estrangeira e pelas diferenças raciais e religiosas” – denuncia o Pe. Rui Pedro. E avança: “alertamos os secretariados para esta atenção específica”. O trabalho doméstico e a exploração sexual são dois pontos que merecem atenção. “A Igreja esteve e está envolvida na ajuda a estas mulheres” – frisou o Pe. Rui Pedro. As única estruturas existentes em Portugal para «abrigar» estas mulheres pertencem à Igreja. “A mulher é fundamental para a transmissão dos valores cristãos” e “na organização das comunidades cristãs” – disse. Novo director da OCPM Neste encontro foi também anunciado o novo director da OCPM, o Pe. Francisco Sales. É franciscano e trabalhou com os emigrantes portugueses na América. Ao seu sucessor, o Pe. Rui Pedro realça que “é preciso muito tempo para compreender a complexidade do mundo migratório”. Por outro lado, mostra-se disponível para “ajudar nesta área migratória”. Notícias relacionadas • Mulher migrante sofre exploração laboral e sexual

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