Com a guerra a “ganhar nova intensidade, vai ser preciso redobrar a ajuda às populações”.
Lisboa, 21 out 2022 (Ecclesia) – O bispo greco-católico de Kharkiv (Ucrânia) considera que naquele país vai entrar “agora numa fase muito difícil durante os duros meses de Inverno e toda a ajuda é necessária”.
A região que corresponde à diocese já “esteve ocupada pelas tropas russas, já foi libertada pelo exército ucraniano, mas continua a sofrer com os constantes bombardeamentos”, disse D. Vasylij Tuchapets, na sede internacional da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (FAIS) na Alemanha.
Logo no primeiro dia da invasão das tropas russas, a 26 de fevereiro, o bispo acordou com o estrondo das explosões das primeiras bombas que caíram sobre a cidade de Kharkiv.
Acordou no “meio de um pesadelo que ainda não terminou e que, agora, com o aproximar do Inverno, pode vir a revelar-se ainda muito doloroso”, referiu.
Nesse primeiro dia da guerra, D. Vasylij Tuchapets decidiu que precisava “de ir para a catedral para aí organizar os primeiros socorros, para aí acudir às primeiras pessoas que pedissem ajuda”.
Em conversa com Jurij Blazejewski, da Fundação AIS Internacional, D. Vasylij diz que esta foi uma decisão certa, que foi a única decisão que poderia ter sido tomada.
Desde então tem recebido sinais de apreço por parte das pessoas, dos fiéis, dos habitantes de Kharkiv que nunca deixaram de se sentir confortados sabendo da presença nas igrejas, nas paróquias, dos padres, das irmãs, dos responsáveis pelo trabalho assistencial, lê-se no comunicado enviado à Agência ECCLESIA.
Com a chegada do Inverno e com a guerra a “ganhar nova intensidade, vai ser preciso redobrar a ajuda às populações”.
“Muitas casas ficaram danificadas ou mesmo destruídas com os bombardeamentos e agora é preciso assegurar que as pessoas conseguem estar minimamente aquecidas. Não é fácil. As prioridades são muitas. São necessárias roupas quentes, medicamentos, comida. O Inverno rigoroso da Ucrânia pode transformar-se num verdadeiro inferno”. “Precisamos de ajuda para as pessoas e estas necessidades vão continuar por muito tempo”, alerta o bispo.
LFS