Clero algarvio conviveu em Tavira

No passado dia 11 de Junho, os sacerdotes algarvios convergiram para a cidade de Tavira, em cuja vigararia decorreu este ano o Dia Diocesano do Clero. Pelas 10 horas, teve lugar na igreja do Carmo da cidade do Gilão, uma concelebração eucarística, presidida pelo Bispo do Algarve, onde além dos padres da diocese participaram ainda vários sacerdotes dehonianos que nesse dia iriam iniciar na comunidade algarvia daquele Instituto, sedeada em Vila Real de Santo António, o retiro preparatório da Solenidade do Sagrado Coração de Jesus. Os Sacerdotes do Coração de Jesus reviram com alegria o seu antigo Provincial e actual Bispo do Algarve, D. Manuel Neto Quintas, que os acolheu fraternalmente e os congregou naquela ocasião com o presbitério diocesano, para juntos celebrarem a Eucaristia da memória de São Barnabé, apóstolo. A concluir a sua homília, o Bispo do Algarve referiu-se ao Dia Mundial de oração pela santificação dos sacerdotes, que desde 1995 coincide com a solenidade do Coração de Jesus. Nesse contexto D. Manuel recordou algumas palavras que o Papa Bento XVI dirigiu recentemente aos sacerdotes, diáconos e seminaristas reunidos no Santuário da Aparecida, no Brasil: “penso e oro por todos os sacerdotes espalhados pelo mundo inteiro, quantos desafios, quantas situações difíceis enfrentais, quanta generosidade, quanta doação, sacrifícios e renúncias! A fidelidade no exercício do ministério e na vida de oração…o testemunho de um sacerdócio bem vivido dignifica a Igreja, suscita admiração nos fiéis, é fonte de bênçãos para a comunidade, é a melhor promoção vocacional. Queridos diáconos e seminaristas… agradeço o testemunho que ofereceis, colaborando com os vossos Bispos nos trabalhos pastorais das dioceses. Tenhais sempre diante dos olhos a figura de Jesus, o Bom Pastor, que «veio não para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para resgatar a multidão». Sede como os primeiros diáconos da Igreja: homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo, de sabedoria e de fé. E vós, seminaristas dai graças a Deus pelo chamamento que Ele vos faz.”. No final da Eucaristia os sacerdotes e diáconos algarvios foram cumprimentados pelo presidente da Câmara de Tavira, que os aguardava à entrada do autocarro que a todos conduziu à freguesia de Cachopo, no interior serrano do concelho de Tavira. Durante o percurso de 40 quilómetros pela sinuosa estrada que liga Tavira a Cachopo, Macário Correia, foi dando informações, históricas, culturais e ambientais, sobre a flora, a fauna, a actividade turística e cinegética da serra do Caldeirão, a todos dando uma panorâmica geral da vida na serra tavirense. Chegados a Cachopo, o autarca e o animador paroquial Albino Martins conduziram os sacerdotes à igreja paroquial de Santo Estêvão de Cachopo, onde decorrem obras de profundo restauro, tão profundo que praticamente só ficaram de pé as paredes. A obra era para estar concluída no próximo dia 24 de Junho, dia em que se previa devolver aquele espaço ao culto, mas tal não poderá acontecer, devido ao manifesto atraso das obras. O importante, porém, é que a igreja paroquial de Cachopo foi devolvida à sua traça original, com três naves, recebeu um telhado novo, piso novo, enfim vai ressurgir completamente renovada. À porta da igreja, os sacerdotes concentraram-se junto ao busto que desde há um ano ali foi colocado em memória do padre Júlio de Oliveira, que paroquiou Cachopo durante cinquenta e seis anos e cujos restos mortais foram transladados para o cemitério local em 2006. Seguidamente foram visitadas as obras de construção do Lar da Terceira Idade do Centro Paroquial de Cachopo, que com o apoio da Segurança Social e do Município de Tavira, decorrem com grande lentidão, estando actualmente paradas e muito atrasadas, devido à falência do empreiteiro. No entanto, Macário Correia e o Albino Martins esperam dentro em breve retomar e concluir as obras. Já passava das 13 horas quando se iniciou o almoço de confraternização no Parque da Fonte Férrea, cuja gestão foi confiada pelo Município ao Centro Paroquial. No fim do almoço, o presidente da Câmara ausentou-se, pois as suas responsabilidades chamavam-no para novas tarefas, não sem antes ter sido salientado a excelente cooperação e parceria existente entre o Município de Tavira e as paróquias do concelho, muito especialmente com a paróquia de Cachopo, cujo Centro Paroquial é não só o maior empregador da freguesia, como também o mais importante dinamizador social. Antes de se retirarem de Cachopo, os clérigos algarvios visitaram ainda o Museu Etnográfico da freguesia pertença do Centro Paroquial. De Cachopo os visitantes da Serra do Caldeirão dirigiram-se a Martinlongo, onde foram acolhidos pela comunidade religiosa das Franciscanas Missionárias de Maria que assistem àquela importante paróquia serrana, cuja igreja matriz, restaurada, e o respectivo Centro de Dia, foram demoradamente visitados. Em ambas as paróquias, além dos seus animadores locais, esteve também presente o respectivo pároco, padre Francisco Boncompte, sacerdote catalão da Fraternidade da Mãe de Deus, pároco das cinco paróquias do concelho de Alcoutim e ainda de Cachopo. De Martinlongo, os sacerdotes, diáconos e seminaristas instituídos em ministérios laicais, rumaram a Tavira, onde chegaram já perto das dezoito horas e onde concluíram esta jornada de convívio e fraternidade eclesial. Luís Galante

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Agência ECCLESIA

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