Apelos à solidariedade desde Fátima

Por uma paz sem armas, um progresso sem explorações e uma justiça sem ódios Na celebração da peregrinação aniversária de 13 de Junho, D. Serafim Ferreira e Silva lembrou a força do Evangelho para reforçar a importância de uma vivência alicerçada nos valores cristãos. Durante a homilia, D. Serafim exortou os peregrinos a celebrar e a praticar a misericórdia, e lançou um apelo à paz e à justiça. “Celebremos a misericórdia de Deus e pratiquemos a misericórdia entre os homens, numa solidariedade de compromisso recíproco, de tal modo que cada um pode fazer o que lhe é próprio na construção de uma grande família, alicerçada na verdade, na vida, na entreajuda, na comunhão”. “Nós queremos uma paz sem armas, um progresso sem explorações ou escravaturas, queremos uma justiça sem ódios, sem retaliações ou vinganças. Não é uma fantasia, nem uma utopia, é a força do Evangelho e a Palavra de Deus encarnou, fez-se homem para nos ajudar a reconstruir harmonia, à luz de Deus”, afirmou o prelado. Na sua homilia, o Bispo Emérito de Leiria-Fátima, recordou os recentes pedidos do Papa no seu livro “Jesus de Nazaré”, em que “apela à paz e ao arrependimento e ao perdão recíproco dos indivíduos e das nações, mobilizando o coração, purificando-o numa conversão permanente. Celebrou-se nesta data o 90º aniversário da segunda aparição de Nossa Senhora do Rosário de Fátima aos três Pastorinhos. Com o tema “Deus, Pai da Misericórdia”, esta peregrinação congregou milhares de peregrinos no Santuário de Fátima. Inscreveram-se para participar na Eucaristia internacional, celebrada no Recinto do Santuário, 39 grupos de peregrinos, vindos de quinze diferentes países. Concelebraram o Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto; o bispo emérito de Natal/Brasil, D. Heitor Araujo Sales; e Mons. Guido Fiandino, Bispo Auxiliar de Torino/Itália. 198 peregrinos cumpriram as suas promessas. No Posto de Socorros do Santuário foram atendidas 50 pessoas. 414 fiéis confessaram-se e 102 receberam a bênção do doente. Os fiéis suplicaram a Nossa Senhora, Mãe da Reconciliação, pelo Santo Padre, para que o Sumo Pontífice não deixe de exortar os homens à reconciliação com Deus. Rezou-se também por aqueles que sofrem por causa da guerra “para que resistindo à tentação do ódio e da vingança, sejam operadores de paz para com todos”, e por todos os doentes “para que ofereçam as suas dores pela reconciliação de todos os homens”. Uma outra intenção de oração foi para com “aqueles que ouviram e hão-de ouvir a voz do Senhor que os chama a segui-Lo para o serviço de edificação do seu povo” e “pelos consagrados ao reino de Deus, para que vivam o seu chamamento com a mesma dedicação com que Maria se colocou ao serviço do Senhor”. Por seu lado, antes da bênção final, o Bispo de Leiria-Fátima D. António Marto dirigiu-se também a todos os peregrinos, em especial aos doentes, recordando as palavras de Nossa Senhora a 13 de Junho de 1917. Afirmou: “Nossa Senhora diz a cada um de nós o que disse há 90 anos a Lúcia: não desanimes que nunca te deixarei só, o meu Coração Imaculado será o teu refúgio e conduzir-te-á a Deus”. Depois, D. António Marto pediu aos peregrinos para que fizessem ½ minuto de silêncio, para que cada um individualmente se consagrasse a Nossa Senhora.

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Agência ECCLESIA

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