A visão católica da educação contempla o primado da família no lugar do Estado totalitário, sublinhou o Núncio Apostólico no país ao intervir na abertura do II Congresso Nacional das Escolas Católicas. D. Angelo Becciu sublinhou este aspecto ao abordar o tema central do evento, “Família e Escolas: juntas a educar”. A iniciativa teve início a 30 de Abril e junta, até ao dia 3 de Maio, dirigentes de escolas, professores e técnicos de ensino para uma avaliação da situação e projectar o futuro. “Segundo a nossa visão cristã, à família compete o primado na educação e na instrução dos filhos e, como consequência disso, os pais têm o direito inalienável de escolher, em plena consciência e liberdade, para os fins educativos e em benefício dos próprios filhos, a escola que julgam mais correspondente às suas convicções morais, religiosos e civis”, afirmou o representante do Papa. O Núncio indicou que “este é um ponto que a Igreja sempre defendeu contra as teorias dos Estados totalitários que tinham ou têm a pretensão de se substituírem à família neste direito primordial”. Para a Igreja, dedicar-se ao ensino “trata-se de um elemento fundamental que integra a sua missão de anunciar e de incarnar a Boa Nova que realiza a plena dignidade e a liberdade do homem”. “A Igreja não tem ambições, não nutre ambição pelo poder, mas simples e firme desejo de servir e de promover a dignidade do homem. Este é o único motivo que explica e justifica a existência das nossas escolas”, acrescentou. (Com Jornal Apostolado)