A Conferência Episcopal Espanhola (CEE) conclui hoje a sua assembleia plenária de Primavera, na qual foi abordada por várias vezes a questão da laicidade e das relações Igreja-Estado. O comunicado final do encontro retoma as afirmações de D.Ricardo Blázquez, presidente da CEE, nas quais o prelado pediu uma “sã laicidade” que implica a não ingerência da Igreja no ordenamento jurídico e social, bem como, da parte do Estado, a garantia do exercício das actividades de culto e o respeito pelos símbolos religiosos. Neste contexto é possível que “os legítimos representantes da Igreja se pronunciem sobre os problemas morais que se colocam à consciência dos homens”. Quanto ao ensino da Religião Católica em Espanha, o Bispo recordou uma sentença do Tribunal Constitucional (15.02.2007) em que se reconhecia às confissões religiosas a competência de julgar sobre a idoneidade das pessoas que leccionam a disciplina. O Nuncio Apostólico, D. Manuel Monteiro de Castro, manifestou a sua satisfação pelo acordo alcançado entre a CEE e o Governo espanhol em matéria económica. O presidente da Comissão Episcopal das Migrações, D. José Sánchez, apresentou um guião para debater a relação entre a Igreja espanhola e as migrações. Tanto o Núncio Apostólico como os outros Bispos se manifestaram preocupados com a situação dos emigrantes neste país. A CEE aprovou, por outro lado, uma mensagem por ocasião da beatificação de 498 mártires da perseguição religiosa na Espanha. A cerimónia terá lugar em Roma, no próximo Outono.