Num mercado de trabalho “frágil” e com “todos os problemas da economia”, a Cáritas dos Açores organizou, dia 20 deste mês, um colóquio sobre «Formação para a Inserção: Percursos e Singularidades». Em declarações à Agência ECCLESIA Anabela Borba, presidente da Cáritas de Angra, realça que este organismo pretende inserir pessoas “com poucas profissionalização e pouca escolaridade” no mercado de trabalho. A Cáritas de Angra está a realizar projectos neste âmbito tanto para jovens como para reclusos. No próximo ano, a Cáritas pretende alargar os cursos para os imigrantes e para os repatriados. A aposta na formação é essencial porque “temos que motivá-las para o trabalho” – avança. Neste trabalho formativo “temos casos positivos” mas “outros preferem” no actual estado. Com 9 ilhas, o arquipélago dois Açores tem realidades dispares. Em S. Miguel e na Terceira, a “situação é mais grave” – frisa Anabela Borba. Nas outras ilhas existem “situações de mais proximidade”. Para alterar este panorama negativo, a presidente da Cáritas realça que a prioridade passa pela motivação para o trabalho e para as competências pessoais. Depois da recuperação da dignidade coloca-se a hipótese de incentivar estas pessoas a recorrerem ao “Microcrédito”. Os problemas estão identificados, agora “queremos ajudar as pessoas”. Um gota de água no oceano porque “não conseguimos resolver tudo”. E acrescenta: “embora as parcerias sejam uma boa ajuda faltam os meios humanos”.