«É uma alegria os jovens de todas as ilhas sentirem-se igualados, com as mesmas oportunidades» – Padre Norberto Brum
Ponta Delgada, Açores, 26 mai 2022 (Ecclesia) – Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude, a Cruz e o Ícone de Maria, chegam hoje à Diocese de Angra onde vão peregrinar pelas nove ilhas dos Açores, ao encontro de todos os jovens, até dia 29 de junho.
“É uma alegria os jovens de todas as ilhas sentirem-se igualados, com as mesmas oportunidades e com as mesmas dinâmicas, os mesmos esforços, claro que cada um à sua medida”, disse hoje o padre Norberto Brum, em declarações à Agência ECCLESIA.
O coordenador do Comité Organizador Diocesano (COD) de Angra para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) afirmou que, mais importante do que a quantidade de pessoas, “é a oportunidade que todos os jovens têm de vivenciar este momento tão importante, tão dinâmico” que é a visita destes dois símbolos.
“Queremos que seja um momento de entusiasmo, um momento de renovação, de aprofundamento da nossa identidade mas sobretudo um momento de graça, de bênção, que seja um momento favorável à nossa juventude”, acrescentou.
A cruz e o Ícone de Nossa Senhora ‘Maria Salus Populi Romani’ vão começar hoje sua peregrinação na Diocese de Angra, depois da visita à Diocese do Funchal, e o padre Norberto Brum salienta que fizemos questão que “visitassem as nove ilhas” dos Açores, recordando que a primeira vez que receberam os símbolos, em agosto de 2011 no contexto da JMJ Madrid, “só visitou a ilha de São Miguel, porque só estiveram cá um dia”.
O sacerdote explica que a dimensão dos símbolos, nomeadamente da cruz peregrina, dificultava o transporte de avião e com a colaboração da Força Aérea também vão às ilhas “mais pequenas: Santa Maria, Flores e Corvo”.
“Este é um momento de unidade e momento de convergência, é um momento de partilha e um momento de nos sentirmos unidos uns aos outros e uns com os outros. Unidos no mesmo ideal e no mesmo projeto, não apenas no projeto JMJ 2023, mas sobretudo no projeto de Jesus Cristo que é a construção de um mundo novo, de um mundo mais fraterno, de um mundo de paz, um mundo mais humano, onde todos nos sintamos irmãos uns dos outros”, desenvolveu o padre Norberto Brum.
Segundo o coordenador do COD de Angra, a peregrinação dos símbolos é também importante para esta Igreja local porque acabam “por ser uma diocese periférica, no meio do Atlântico”, que, muitas vezes, “não tem as mesmas oportunidades que têm as outras dioceses do continente”, os mesmos dinamismos, atendendo às suas “especificidades enquanto ilhas”.
“Esta vinda confirma-nos nesta comunhão nacional, nesta comunhão de Igreja em Portugal, nesta comunhão de Igreja a nível mundial”, acrescentou.
No contexto da preparação para a JM Lisboa 2023, este responsável explica que sentem “aquilo que é transversal ao país e quase ao mundo” com a pandemia, que “desmobilizou, desmotivou e descomprometeu”, ou seja, “agravou aquilo que já se sentia e que já existia”, mas “há um reacender da chama, um recomeçar”, e têm realizado “assembleias, encontros”, e os dias 23 de cada mês “têm tido bastante sucesso”.
“Os jovens estão a despertar e esta vinda dos símbolos será um despertar ainda maior. Está na hora da gente acordar, está na hora da gente regressar, e tem havido uma adesão, não em massa, mas comprometida, responsável, e aqueles que se propõem fazer um caminho a sério estão a fazê-lo”, acrescentou.
Neste contexto, o padre Norberto Brum salientou também que “há interesse da parte dos jovens” em participar na JMJ em Lisboa, de 1 a 6 de agosto de 2023, e que a equipa do COD de Angra também “tem feito um trabalho extraordinário” no âmbito dos ‘Dias nas Dioceses’, a semana anterior à jornada, e já têm “algumas famílias prontas para acolher jovens peregrinos”.
CB/OC