João Pedro Tavares destaca atenção aos jovens, mundo académico e do trabalho
Lisboa, 06 mai 2022 (Ecclesia) – O presidente da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) afirmou que o congresso nacional da organização, que decorre entre esta hoje e sábado, quer abordar um conjunto de realidades que estão ligadas à sua missão.
“No congresso vamos ter presentes jovens, a academia e o mundo do trabalho, representantes da Igreja, uma multiplicidade de realidades”, disse João Pedro Tavares, em declarações à Agência ECCLESIA.
A Associação Cristã de Empresários e Gestores vai realizar o seu sétimo congresso nacional, com o tema ‘Uma realidade que transforma – Contributos para o futuro de Portugal à luz da “Economia de Francisco”’, a 6 e 7 de maio, na sede da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa.
O presidente da associação assinala que o congresso é também uma forma de celebrarem “os 70 anos da ACEGE”, que tem como missão “inspirar os líderes empresariais a viver o amor e a verdade com critérios de gestão”.
“Parece variáveis não económicas que são trazidas para a equaçã,o mas que tornam tudo mais pleno e com isso transformar as empresas e influenciar a sociedade. É algo que tem sido mantido ao longo destes 70 anos, é uma cola que dá sentido para lá de estarmos em guerra ou em paz, em crescimento ou em crise; perante os múltiplos desafios do dia-a-dia esta é uma realidade fundacional”, desenvolveu.
Segundo João Pedro Tavares, um dos erros que se cometeram no passado foi “considerar que era incompatível” critérios de boa administração e eficácia no mercado com valores na linha do Evangelho, mas “a maior de todas as eficácias é no cumprimento da missão”.
“Hoje, e vamos ter no congresso várias pessoas da academia, começa-se a falar o que é que é uma empresa ‘Fratelli Tutti’, e o que significa, o que é a ‘Economia de Francisco’, como é que desafia os jovens e o que é que ela traz novas realidades”, acrescentou.
Para o presente da ACEGE é como se tivessem passado de “um paradigma para um paradoxo”, de uma realidade que à partida não é compaginável, compatível, “mas que se torna compatível”.
“As pessoas deixam de decidir entre carreira ou família, e passam a tentar compaginar carreira e família”, exemplificou.
João Pedro Tavares realça que um dos fatores “mais inspiradores” que têm é a Doutrina Social da Igreja (DSI) mas, porque a associação quer “falar para todos” e usar uma linguagem acessível, chamam ‘Economia do Bem-Comum’.
“Quando falo em ‘Economia do Bem-Comum’ e bem-comum significa desde logo que à partida estou disposto a ter menos para que outros possam ter mais. Reconheço um bem no valor global e no valor de todos”, observou o entrevistado.
Segundo o programa do 7.º congresso nacional da ACEGE, o presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, e o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Ornelas, vão participar na sessão inaugural, a partir das 15h00 desta sexta-feira, bem como Isabel Capeloa Gil, reitora da UCP, e João Pedro Tavares.
A iniciativa conta com um leque variado de oradores e no encerramento vai ser apresentada a direção nacional da ACEGE, eleita na assembleia-geral de 27 de abril.
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