Celebrações da Páscoa evocaram vítimas da guerra
Lisboa, 17 abr 2022 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa apelou hoje ao serviço dos mais frágeis, numa celebração em que evocou as vítimas das guerras no mundo.
“A vida ganha-se quando se oferece, viver em Cristo é viver com os outros e para os outros”, disse, na homilia da Missa da Páscoa, a que presidiu na Catedral lisboeta.
“Cristo está no meio de nós e, por nós, no meio de todos”, acrescentou D. Manuel Clemente.
O responsável católico destacou que a Páscoa de Jesus é “um acontecimento absoluto, que reconfigura tudo o mais” e uma presença que preenche “todo o espaço e todo o tempo”.
“Há inegavelmente um antes e um depois de Cristo, tanto na história do mundo como na história pessoal de cada um”, indicou.
Numa celebração com a participação do presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, D. Manuel Clemente concluiu com a bênção por “todas as situações em que é mais necessário sentir a presença de Deus”, da Ucrânia ao norte de Moçambique ou o Iémen.
“O Deus da vida não desiste de ninguém”, declarou.
Já na última noite, durante a Vigília Pascal, o patriarca de Lisboa evocou todos os que, no mundo, “a custo sobrevivem”, afetados por “tanta morte, destruição e escombro acumulado, por guerras e outros males que não faltam”.
O cardeal lembrou “os que a vivem entre a aflição da guerra, da Ucrânia a outros lugares em que a humanidade apesar de tudo sobrevive”.
“Sobrevivência que a vitória de Cristo sobre a morte assinala e garante. Com eles estamos em oração, somando o nosso querer ao do próprio Deus da paz. Com eles permaneceremos, até que a guerra acabe e ainda depois”, disse.
D. Manuel Clemente questionou ainda o que denominou como “cristianismos pretextuais e meramente decorativos”, considerando que estes “contrariam a causa do Evangelho”.
OC