Bispo diocesano sublinha necessidade de assumir dificuldades e procurar soluções conjuntas
Guarda, 14 abr 2022 (Ecclesia) – O bispo da Guarda disse hoje que existe um “défice de trabalho em equipa”, na vida dos sacerdotes, convidando todos a assumir dificuldades e procurar soluções conjuntas.
“Reconhecemos que temos défice de trabalho em equipa, entre nós sacerdotes e também com os leigos. Felizmente que a caminhada sinodal em que estamos envolvidos se, por um lado, nos revela algum desse défice, por outro, mostra que podemos corrigi-lo e há sinais de abertura para essa mudança”, referiu D. Manuel Felício, na homilia da Missa Crismal, enviada à Agência ECCLESIA.
Falando aos membros do clero reunidos na Sé da Guarda, o responsável destacou “o valor e a beleza do ministério sacerdotal”, com as responsabilidades que o mesmo acarreta.
“Uma coisa é certa – sozinhos não podemos progredir na nossa identidade sacerdotal e no cumprimento da missão que lhe é inerente. Precisamos, isso sim, de nos saber ajudar mutuamente e, antes disso, precisamos sobretudo de nos abrir cada vez mais à passagem de Deus e do Seu Espírito pela nossa vida”, declarou.
D. Manuel Felício admitiu que as circunstâncias atuais “não são favoráveis” e aumentam “o peso da solidão, do isolamento, do excesso de trabalho e também da falta de comunhão”.
“Pela frente, temos a missão de edificar a Igreja, Corpo de Cristo, com a urgência de procurarmos em conjunto os caminhos mais adaptados às circunstâncias atuais”, apontou.
O bispo da Guarda anunciou que, a 3 de julho, vai presidir à ordenação de dois sacerdotes e assinalou os jubileus de ordenação de vários padres da diocese.
“Louvemos o Senhor por todo o bem que Ele distribuiu e continua a distribuir à Igreja, mas também a toda a sociedade, através do Ministério conferido a estes sacerdotes e a eles também manifestamos, neste momento, o nosso reconhecimento pelos serviços prestados, com tanta dedicação e generosidade”, concluiu.
Na manhã de Quinta-feira Santa, os padres das várias dioceses do mundo reúnem-se em volta dos seus bispos, para a celebração da chamada Missa Crismal, em que são abençoados os óleos dos catecúmenos e dos enfermos e consagrado o óleo do crisma, utilizado na celebração de vários sacramentos.
OC