Fátima, 11 abr 2022 (Ecclesia) – A Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC) recorda as pessoas “sem nome”, que estiveram envolvidas na preparação da Páscoa, como existem hoje na celebração que se vai viver em Portugal, na Ucrânia e na Rússia.
“Não há registo do nome daquele que, vestido de branco, junto à pedra rolada, perguntou e anunciou: «A quem procurais? A Jesus de Nazaré? Não está aqui. Ressuscitou!». Hoje, pedimos a Deus que esse ser tenha nome e se chame ‘Anjo da Paz’”, lê-se na mensagem de Páscoa ‘Aqui e na Ucrânia e na Rússia’, assinada pelo presidente da APEC, Fernando Magalhães, e enviada hoje à Agência ECCLESIA.
A Associação Portuguesa de Escolas Católicas observa que na preparação “daquela Páscoa do Senhor” havia “tanta gente sem nome”, como existem nestes dias: “Da nossa Páscoa, e da Páscoa da Ucrânia e da Rússia”.
“Não há registo do nome daquele a quem pertencia aquela «sala grande mobilada e pronta» no piso de cima e de quem a preparou para aquela Ceia. Como também não sabemos o nome dos milhares que, mundo afora, prepararam espaços para receber quem chegava e dos milhões que doaram tanto para tantas ceias que não se fariam… e tantos recebidos nas nossas escolas católicas”, desenvolveu.
A associação assinala, no atual contexto político internacional de guerra e de refugiados, que “muitos deles” são acolhidos e apoiados pelas escolas católicas.
A APEC lembra que “não há registo da identidade do dono do burro”, naquela entrada em Jerusalém, como agora não sabem “o nome de tantos motoristas de carro e autocarro”, que transportam pessoas de quem também não conhecem o nome também, ou ainda que não há registo do nome de quem gritava ‘à morte, à morte! Crucifica-O!’.
“Como também não sabemos o nome de tantos que por estes dias matam por essas cidades de nome estranho para nós”, acrescenta na mensagem de Páscoa ‘Aqui e na Ucrânia e na Rússia’.
No final de março, o Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) e a APEC enviaram uma mensagem de “comunhão e solidariedade” à sua congénere ucraniana, por causa do contexto de guerra, que começou no dia 24 de fevereiro, e também atinge as escolas católicas.
A Associação Portuguesa de Escolas Católicas – foi fundada em 1998, por iniciativa da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
Segundo a APEC existem 144 escolas católicas em Portugal, que são frequentadas por mais de 73 mil alunos, desde a creche até ao final do ensino secundário.
CB