D. Manuel Felício pede que as «situações de dor» sejam lembradas na Semana Santa
Guarda, 11 abr 2022 (Ecclesia) – O Bispo da Guarda, D. Manuel Felício, disse na sua homilia deste Domingo de Ramos que os “sofrimentos das vítimas inocentes que sofrem os horrores da guerra” podem ser iluminados pela Paixão e Morte de Cristo.
“Queremos apresentar-lhe ao longo de toda esta Semana Santa os sofrimentos das vítimas inocentes que sofrem os horrores da guerra; mas também quantos sofrem os efeitos da maldade alheia ou simplesmente se confrontam com situações de dor para as quais não têm explicação”, afirmou D. Manuel Felício.
Na dia em que inicia a Semana Maior, “maior porque celebra o acontecimento maior da Salvação”, o Bispo da Guarda destacou a inocência de Jesus perante a condenação e a “cegueira” que Barrabás representa.
“Em todo este processo, Barrabás é o símbolo máxima da cegueira, que, por imposição de ideologias e de interesses, troca a verdade pela mentira, a bondade pela violência, a justiça pela injustiça, e tudo isto de forma comprovada”, disse.
O bispo da Guarda referiu-se também ao designado “bom ladrão” que, “mesmo no ocaso da vida e depois de tanta maldade praticada”, consegue responder à “chamada de Deus e entrar na vida nova dos bem-aventurados”.
D. Manuel Felício apontou ainda o momento em que jesus explicou o sentido da sua morte perante os doze discípulos, que tinham o pensamento noutros caminhos, “cedendo à tentação da importância e do poder”.
“Jesus, com toda a paciência, explica-lhes que os caminhos de Deus são outros; são, antes, caminhos de humildade e de serviço; como serviço à grande causa da salvação do mundo vai ser a sua Morte, a morte de um inocente vítima da maldade acumulada na história do mundo”, indicou na celebração na Catedral.
A Igreja Católica iniciou com o Domingo de Ramos, a Semana Santa, momento central do ano litúrgico que recorda os dias da prisão, julgamento e execução de Jesus, culminando com a Páscoa, celebração da ressurreição de Cristo.
SN