Portugal: Novo «Campo Escutista de Tavira» responde às necessidades regionais e ao «grande dinamismo» de agrupamentos para o Algarve (c/fotos)

Agrupamento 100 de Tavira entregou o «grande plano das medidas de autoproteção», importante para a sua legalização

Tavira, 31 mar 2022 (Ecclesia) – O ‘Campo Escutista de Tavira’, da responsabilidade do Agrupamento 100 de Tavira do Corpo Nacional de Escutas (CNE), é um novo projeto aberto ao movimento e à sociedade, e responde à falta de estruturas maiores no sul de Portugal.

“Do rio Tejo para baixo existe um da AEP (Associação de Escoteiros de Portugal) na Caparica, existe um do CNE em Santo André, mas é muito mais pequeno, e o resto são coisas pequeninas. No verão existe um grande dinamismo de agrupamentos de Lisboa e do norte para o Algarve”, disse o chefe do Agrupamento 100, ao jornal ‘Folha do Domingo’.

Luís Santos explica que são 70 elementos neste agrupamento de Tavira que agora tem um campo com “seis hectares”, onde já acamparam, mas sentiram “a necessidade de existir na região um espaço com condições”.

Segundo o chefe do agrupamento, o objetivo é que o campo esteja “disponível para todas as associações escutistas e outras entidades”, já receberam o Centro de Ciência Viva, a Catequese paroquial.

O Agrupamento 100 de Tavira do CNE já entregou o “grande plano das medidas de autoproteção”, que é importante para a legalização do espaço e para “acolher, sem qualquer tipo de problema, 1000 pessoas em campo”.

“Isso permite à região realizar todas as atividades, à exceção do Acampamento Regional que normalmente tem mais miúdos, mas também existe a possibilidade de aumentar o espaço nessa semana”, acrescentou.

O jornal da Diocese do Algarve explica que o Campo Escutista de Tavira surge no espaço do antigo estaleiro das obras de construção do troço da Via do Infante (A22) entre Vila Real de Santo António e Tavira, “desativado há mais de 30 anos”, no perímetro florestal da Mata Nacional da Conceição de Tavira (a Mata de Santa Rita).

A Câmara de Tavira já tinha pedido a gestão dos seis hectares, no início da década de 1990, à Autoridade Florestal Nacional, o atual Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e, em 2008, o município protocolou a cedência do terreno ao Agrupamento 100 de Tavira, mas a crise financeira parou o projeto.

Em 2020, foi estabelecido um acordo tripartido entre o ICNF, o município algarvio e o agrupamento que resultou na assinatura de um contrato de comodato para a gestão do espaço durante 25 anos, com possibilidade de renovação, explicou a presidente da Câmara Municipal de Tavira, Ana Paula Martins, destacando a importância do espaço para o projeto educativo e de cidadania ativa.

O chefe do Agrupamento 100 de Tavira explicou que se comprometeram a fazer os trabalhos de limpeza no terreno, com a ajuda da autarquia, ir reconstruindo as casas, e “todas as estruturas” no ‘Campo Escutista de Tavira’ já “foram recuperadas”.

“Cada porta e cada janela são de um modelo porque as encontrávamos no lixo ou pedíamos a um serralheiro. Tentamos sempre adquirir o mínimo possível por uma questão de sustentabilidade e por uma questão de custos”, desenvolveu Luís Santos.

Existe uma “capela, o alpendre da lenha, mais quatro ou cinco estruturas”, foi criada uma lagoa para preservação de biodiversidade, e o ‘Folha do Domingo’ informa que o ‘Campo Escutista de Tavira’ tem saneamento básico, incluindo chuveiros, faltam balneários de inverno e a construção de camaratas.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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