Rússia/Ucrânia: Presidente da República Portuguesa vai a Fátima participar no Ato de Consagração

Iniciativa promovida pelo Papa evoca paz para o mundo, perante ameaça de guerra nuclear

Foto: Vatican Media

 

Lisboa, 24 mar 2022 (Ecclesia) – O presidente da República Portuguesa anunciou hoje que vai estar presente esta sexta-feira em Fátima, no Ato de Consagração da Rússia e da Ucrânia, para participar no “apelo à paz universal” do Papa Francisco.

“Amanhã irei à consagração em Fátima, feita em simultâneo com a consagração pelo Papa Francisco, a meio da tarde. É, no fundo, uma consagração pela paz e um apelo à paz universal”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, citado pela Lusa.

O chefe de Estado falava na chegada à Reitoria da Universidade de Lisboa, para intervir no colóquio ‘Primaveras Estudantis: da crise de 1962 ao 25 de Abril’.

O presidente português acrescentou que “o corpo diplomático também foi todo ele convidado” para a celebração, com início marcado para as 16h00, na Capelinha das Aparições.

O Papa convocou os bispos de todo o mundo para que se unam a si, esta sexta-feira, no Ato de Consagração ao Imaculado Coração de Maria que pede a paz para o mundo, especialmente a Rússia e a Ucrânia.

O Papa vai consagrar a Rússia e Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, em ligação a Fátima, durante uma celebração penitencial a que vai presidir na Basílica de São Pedro, a partir das 17h00 (menos uma em Lisboa); o ato solene de consagração vai acontecer pelas 18h30 locais.

O mesmo ato vai ser realizado no Santuário de Fátima, pelo cardeal Konrad Krajewski, esmoler pontifício, como enviado de Francisco, que preside à recitação do Rosário na Capelinha das Aparições, com mistérios em russo e ucraniano.

A carta aos bispos de todo o mundo refere que “já passou quase um mês do início da guerra na Ucrânia, que está a causar sofrimentos cada dia mais terríveis àquela atormentada população, ameaçando mesmo a paz mundial”.

Francisco indica que o Ato de Consagração responde a “numerosos pedidos do Povo de Deus”, visando “confiar de modo especial a Nossa Senhora as nações em conflito”.

“Quer ser um gesto da Igreja universal, que neste momento dramático leva a Deus, através da sua e nossa Mãe, o grito de dor de quantos sofrem e imploram o fim da violência, e confia o futuro da humanidade à Rainha da Paz”, realça.

A carta é acompanhada pelo texto da consagração, para que todos a possam recitar ao longo desse dia, “em união fraterna”.

“O povo ucraniano e o povo russo, que Vos veneram com amor, recorrem a Vós, enquanto o vosso Coração palpita por eles e por todos os povos ceifados pela guerra, a fome, a injustiça e a miséria”, refere a oração que vai ser proferida pelo Papa, em união a todos os bispos e padres dos cinco continentes.

O testemunho dos videntes de Fátima regista que, na aparição de 13 de julho de 1917, Nossa Senhora lhes disse: “Para impedir a guerra virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados”.

“Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”, registava Irmã Lúcia, falecida em 2005, nas suas ‘Memórias’.

OC

https://agencia.ecclesia.pt/portal/russia-ucrania-papa-vai-rezar-para-que-humanidade-seja-preservada-da-ameaca-nuclear/

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Agência ECCLESIA

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