Angra: «Boletim Eclesiástico dos Açores» comemora 150 anos de edição

Angra do Heroísmo, Açores, 23 mar 2022 (Ecclesia) – O Boletim Eclesiástico dos Açores (BEA), da Diocese de Angra, está a celebrar 150 anos de edição, sem interrupção, um facto “notável”, segundo o seu diretor, cónego Hélder Fonseca Mendes.

“A caminho dos cinco séculos da criação da Diocese de Angra deixamos garantida a história dos últimos 150 anos, o que ajudará os investigadores a construir a História da Igreja Local nos Açores”, escreveu o diretor do BEA, num artigo de opinião publicado no sítio online ‘Igreja Açores’.

Em ‘O tricinquentenário do Boletim Eclesiástico dos Açores’, o cónego Hélder Fonseca Mendes, que é o administrador diocesano de Angra, afirma que “é notável” para qualquer órgão de comunicação social “atravessar os anos de 1872 a 2022, sem qualquer interrupção”.

“Nestes 150 anos o BEA manteve-se, ora por interesse de alguns dos bispos diocesanos, ora dos seus diretores que não deixaram que desaparecesse: Mantém a oportunidade da sua publicação sem prejuízo do novo meio de comunicação digital da diocese, o sítio Igreja Açores”, refere.

O sacerdote contextualiza que, com o aparecimento da revista de âmbito nacional ‘Lúmen’, em 1937, como ‘revista de cultura para o clero’, publicada como órgão oficial da Conferência Episcopal Portuguesa, o bispo da época “entendeu que já não se justificava um boletim diocesano”.

O ‘Boletim Eclesiástico dos Açores’ foi fundado pelo 28.º bispo de Angra, D. João Maria Pereira de Amaral e Pimentel (1872-1889), como ‘Boletim do Governo Eclesiástico da Diocese dos Açores’, para serem «transcritas as Pastorais, Circulares, Editais, Ordens, avisos ou mandatos que tiverem relação com o Governo da Diocese».

O primeiro órgão de informação desta Igreja local nasceu “mais de 300 anos” depois da criação da Diocese de Angra, a 5 de novembro de 1534, pelo Papa Paulo III, através da Bula ‘Aequum Reputamus’.

Duas décadas depois da sua primeira edição, o BEA foi dividido em três secções – oficial, instrutiva e noticiosa – por D. Francisco de Vieira e Brito (1892-1901), e, no século XX, começou a ser “enriquecido” com a publicação de suplementos temáticos.

O cónego Hélder Fonseca Mendes destaca também que na década dos anos 90 do século passado, com D. António de Sousa Braga, bispo diocesano de 1996 a 2016, foram publicados “três volumes sobre o BEA”, a partir dos índices (1872-1900; 1900-1924; 1924 – 1952), um trabalho do padre Octávio de Medeiros.

“É um trabalho admirável que, a pretexto dos índices, resultou num importantíssimo estudo. Falta algum investigador fazer semelhante obra relativamente aos últimos 70 anos (1952-2022)”, salienta o administrador diocesano de Angra.

No artigo de opinião, o diretor do BEA “saúda” a imprensa regional e demais órgãos de comunicação social “desejando uma longa e próspera vida como a deste órgão diocesano de informação”.

O sítio ‘Igreja Açores’ informa que já está em preparação a edição do Boletim Eclesiástico dos Açore deste ano, e a ser “ultimado” o BEA de 2021.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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