Celebração de 25 de março, no Vaticano e em Fátima, vai pedir a paz no mundo
Cidade do Vaticano, 20 mar 2022 (Ecclesia) – O Papa convidou hoje os católicos de todo o mundo a unir-se à consagração da Rússia e Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, esta sexta-feira, para pedir a paz no mundo.
“Convido cada comunidade e cada fiel a unir-se a mim, na sexta-feira, 25 de março., solenidade da nunciação, para cumprir um solene ato de consagração da humanidade, especialmente da Rússia e da Ucrânia, ao Coração Imaculada de Maria, para que Ela, Rainha da Paz, obtenha a paz para o mundo”, disse Francisco, depois da recitação do ângelus, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.
O ato de consagração vai decorrer a partir das 17h00 (menos uma em Lisboa), durante a Celebração da Penitência, a que Francisco vai presidir na Basílica de São Pedro.
À mesma hora, durante a recitação do Rosário na Capelinha das Aparições, o ato vai ser realizado em Fátima pelo cardeal Konrad Krajewski, esmoler pontifício, como enviado do Papa.
A Conferência Episcopal Portuguesa anunciou, em comunicado, a intenção dos bispos diocesanos de se associarem à celebração, marcando presença na Cova da Iria.
Francisco convidou, na última sexta-feira, os bispos e padres de todo o mundo a unir-se a si, nesta consagração.
A 25 de março de 1984, o Papa São João Paulo II presidiu à consagração do mundo ao coração de Maria, no Vaticano, diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima, venerada na Capelinha das Aparições, a mesma que, em 2000, colocou entre os bispos de todo o mundo, consagrando-lhe o terceiro milénio.
O testemunho dos videntes de Fátima regista que, na aparição de 13 de julho de 1917, Nossa Senhora lhes disse: “Para impedir a guerra virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados”.
“Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas. Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”, registava Irmã Lúcia, falecida em 2005, nas suas ‘Memórias’.
Ainda nesta aparição teve lugar a visão do inferno e a revelação do sofrimento da Igreja e de um bispo vestido de branco, a trilogia que constitui o chamado Segredo de Fátima.
Em carta dirigida a Pio XII, a 2 de dezembro de 1940, a irmã Lúcia, a mais velha das videntes de Fátima, pedia que fosse atendido o pedido de Nossa Senhora, reafirmado em aparições posteriores na Galiza, para que fosse proclamada a devoção ao Imaculado Coração de Maria e a consagração do mundo, e em especial da Rússia.
Em resposta aos pedidos, este Papa consagrou o mundo e a Igreja ao Imaculado Coração de Maria, a 31 de outubro de 1942, e renovou a consagração da Rússia, a 7 de julho de 1952.
A 21 de novembro de 1964, São Paulo VI renovou a consagração da Rússia ao Imaculado Coração, na presença dos participantes no Concílio Vaticano II.
A 13 de outubro de 2013, o atual Papa consagrou o seu pontificado a Nossa Senhora de Fátima, no Vaticano, diante da imagem da Capelinha das Aparições, transportada excecionalmente para a Praça de São Pedro.
Francisco visitou Fátima a 12 e 13 de maio de 2017, no centenário das Aparições, tendo canonizado os pastorinhos Francisco e Jacinta Marto.
OC