Responsáveis reuniram-se em Bratislava, onde decorrem as III Jornadas Sociais Católicas Europeias
Bratislava, 18 mar 2022 (Ecclesia) – A Comissão dos Episcopados Católicos da União Europeia (COMECE) considerou que a guerra na Ucrânia é uma “séria ameaça” à paz em todo o mundo.
Os responsáveis deste organismo reuniram-se em Bratislava, esta quinta-feira, antes do início das III Jornadas Sociais Católicas Europeias, que decorrem na capital eslovaca até domingo.
O presidente da COMECE, cardeal Jean-Claude Hollerich, manifestou, no seu discurso, “profundo respeito por todos os países que acolhem refugiados, em particular a Polónia e a Eslováquia”.
“Esta solidariedade sincera reflete os valores cristãos e europeus”, acrescentou o arcebispo do Luxemburgo, segundo comunicado divulgado online pela COMECE.
Os bispos delegados Estados-membros da UE que fazem fronteira com a Ucrânia informaram a assembleia sobre as ações tomadas para “acolher e integrar” os que fogem da guerra da Ucrânia.
Os representantes católicos aprovaram a criação da Rede Consultiva da Juventude COMECE, com o objetivo de “representar a voz dos jovens católicos nas Conferências Episcopais da UE”.
A terceira edição das Jornadas Sociais Católicas Europeias é promovida pela COMECE, o Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) e a Conferência Episcopal Eslovaca, em colaboração com o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral (Santa Sé).
O prefeito interino do organismo do Vaticano, cardeal Michael Czerny, alertou hoje, no seu discurso, para a tecnologia militar, que “inclui armas ultrassofisticadas com poder destrutivo inimaginável”.
“As armas tornaram-se tão automatizadas e mecanizadas que a guerra é muitas vezes travada remotamente, anonimamente e ‘virtualmente’. Quando um soldado de alta tecnologia dispara um míssil contra um hospital ou pessoas em fuga, o que vê? Parece um videojogo”, lamentou.
O colaborador do Papa esteve na Ucrânia, esta quinta-feira, para manifestar a solidariedade do Papa e sublinhou a “resistência da humanidade” que encontro nos locais de conflito, “onde a barbárie parece prevalecer, onde o destino de muitos inocentes é decidido”.
As jornadas incluem representantes de várias conferências episcopais da Europa, incluindo Portugal.
OC
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