D. António Juliasse alerta para «violência terrorista» que persiste na região
Lisboa, 14 mar 2022 (Ecclesia) – O novo bispo de Pemba pediu que “o mundo não esqueça Cabo Delgado”, no norte de Moçambique, onde a população continua a sofrer as consequências de um conflito iniciado em 2017.
“A violência terrorista continua a ter os seus efeitos em Cabo Delgado e a crise humanitária ainda está presente. Infelizmente, a situação não é muito visualizada nos últimos momentos e divulgada com a mesma intensidade como foi há algum tempo atrás, mas o sofrimento do povo de Cabo Delgado ainda continua”, alerta D. António Juliasse, em mensagem enviada à Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
O responsável, nomeado pelo Papa para a nova missão, a 8 de março, recorda que os campos de reassentamento acolhem milhares de “pessoas necessitadas”, e que muitas “não conseguem ter o alimento diário”.
“Renovo o apelo para que o mundo não esqueça Cabo Delgado e não esqueça o sofrimento que há, porque se nos esquecermos isso será grave, [pois] há imensa gente ainda dependente das ajudas que chegam de todo o lado, e, portanto, é preciso ainda continuar a salvar as vidas nestas condições de extrema pobreza”, disse.
D. António Juliasse fala ainda em “profunda gratidão” ao Papa, destacando que Francisco “está atento ao que está a acontecer” em Moçambique, assim como “às necessidades da Igreja Católica” no país.
Pemba é uma região particularmente afetada pela violência terrorista que irrompeu no território, em outubro de 2017, causando mais de três mil mortos e 800 mil deslocados.
OC