Igreja/Portugal: Comissão Nacional Justiça e Paz denuncia «vozes da destruição e da guerra»

Reflexão sobre a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2022 evoca conflito na Ucrânia

Foto: Lusa/EPA

Lisboa, 08 mar 2022 (Ecclesia) – A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) denuncia as “vozes da destruição e da guerra” que atingem a Europa, numa nota sobre a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma de 2022.

“No momento em que, perplexos, assistimos a acontecimentos que julgávamos já não serem possíveis, por nos parecer que seria incompreensível não ter aprendido as lições da história, no momento em que as vozes da destruição e da guerra parecem gritar mais alto, somos convidados, com toda a veemência, a que não nos cansemos nunca de fazer o bem”, pode ler-se, na reflexão enviada hoje à Agência ECCLESIA.

O organismo católico evoca as consequências da pandemia de Covid-19, a que se somam agora “os horrores da guerra, que se mostram evidentes no território europeu, mas que têm estado presentes em tantos outros territórios”.

“Uma imensa vaga de refugiados desta guerra vem ainda aumentar esse número, já gigante, de tantos irmãos nossos deslocados. Acolher os que fogem da guerra, vivendo com eles a experiência da hospitalidade, é certamente hoje uma das maneiras de concretizar uma das obras de misericórdia”, sustenta a CNJP.

A nota destaca que a preparação da celebração da Páscoa de 2022 pode passar “pelo exercício deste acolhimento”.

A verdade sobre a nossa fé acontece também quando cuidamos dos sofrimentos dos outros, ou passamos ao largo”.

A reflexão apresenta o tempo da Quaresma como uma oportunidade para “repensar” a vida”, destacando todas as dinâmicas que a valorizam e “descartando aquelas que a paralisam”.

O organismo de leigos católicos, ligado à Conferência Episcopal Portuguesa, destaca a urgência de educar e formar as novas gerações, “promovendo uma economia que coloque a pessoa no centro”, “cuidando da casa comum”, “apoiando a família” e “construindo a paz, porque tudo pode ser perdido com a guerra”.

“A verdade com que respondermos a estas perguntas, certamente nos ajudará a compreender melhor as mudanças que temos de fazer para sermos semeadores do bem e construtores da paz”, realça a nota.

A Quaresma é um tempo de 40 dias, que se iniciou com a celebração das Cinzas, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão, este ano a 17 de abril.

OC

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Agência ECCLESIA

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