Diocese vai ajudar comunidades católicas na República Democrática do Congo
Portalegre, 04 mar 2022 (Ecclesia) – O bispo de Portalegre-Castelo Branco recorda, na sua mensagem para a Quaresma de 2022, as “feridas” da humanidade, evocando as consequências da pandemia.
“A pandemia feriu o tecido social e afetou pessoas e instituições. A mesma pandemia alterou o acesso aos cuidados de saúde de tantos pacientes, desvaneceu projetos económicos familiares, empobreceu agregados familiares, deixou muitos no desemprego, levou à rutura de imensas possibilidades”, indicou D. Antonino Dias, num texto publicado online.
O responsável católico apontou a “uma humanidade dilacerada por solidões, incompreensões, invejas, divisões e discórdias, feridas diversas”, mas aponta também aos “sinais da graça e da misericórdia de Deus”.
“A ferida tornou-se a lente que permitiu ver a vida com maior verdade. A ferida revelou a sua autêntica dimensão e dispensou vaidades. A ferida, mais do que apenas uma cicatrização indolor e estética, esperou e ansiou a cura. E isso é caminho”, escreveu.
A mensagem refere-se ainda aos desafios que a Igreja Católica enfrente, com o Sínodo 2021-2023, a Jornada Mundial da Juventude de Lisboa, em 2023, e situações que questionam “a sua credibilidade pastoral e evangélica”.
A Quaresma é um tempo de 40 dias, que se iniciou com a celebração das Cinzas, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão, este ano a 17 de abril.
D. Antonino Dias indicou o destino do contributo penitencial das comunidades católicas.
“Olhando para as feridas existentes à nossa volta, a Renúncia Quaresmal deste ano voltará a ser partilhada com a Arquidiocese de Kananga, República Democrática do Congo, nos derradeiros esforços para a conclusão da construção do Centro de Acolhimento e Saúde, já conhecido da nossa diocese”, referiu.
OC