Razão e coração

Isabel Neto e Pedro Luvumba falam da necessidade de defender a vida humana em todas as circunstâncias Porque será a consciência de cada um a decidir, no próximo Domingo, o voto no referendo ao aborto, é fundamental colocar em cima da mesa todas as perspectivas, nomeadamente a que demonstra que é possível defender a vida humana em todas as circunstâncias. Isabel Neto, médica e mandatária da plataforma Não Obrigada, explica ao programa ECCLESIA que, num referendo sobre a despenalização do aborto, está em causa a defesa da vida “porque a pergunta, no seu todo, fala da opção da mulher, não introduzindo critérios nem situações específicas em que, efectivamente, possa haver razões de força maior para ponderar entre as duas vidas que estão em jogo”. “Nessa perspectiva, entendemos que não se fala de despenalização, mas da liberalização total do aborto até às 10 semanas”, aponta. Pedro Luvumba, pastor da Igreja Evangélica da Acção Bíblica de Lisboa e membro do movimento “Diz não à discriminação”, lamenta que na pergunta do referendo “nunca se refira que o filho existe”. “Ainda não encontrei uma pessoa que defendesse a prisão da mulher e ponto final. Nós também queremos encontrar outro tipo de penas, porque a prisão se tem mostrado ineficaz em resolver questões de socialização”, indica. Este responsável sublinha ainda que a maioria dos defensores do «Sim» também entendem que o aborto é um mal. “Estarmos na linha da frente de um caminho que leva para o mal não é moderno”, assegura. Isabel Neto assinala que “devemos olhar para as consequências nos países que se propuseram liberalizar o aborto e que, aliás, agora estão a interrogar-se sobre a justeza de tomar medidas contra o aborto”. Esta manhã, numa declaração conjunta dos 14 movimentos cívicos contra a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez, Isabel Neto referiu que “muitos portugueses sentem, na proposta do «Sim», uma atitude fria que banaliza o aborto” e que “é também por isto que o «Sim» se afasta, dia após dia, um pouco mais do coração e da sensibilidade das mulheres e da sociedade portuguesa”. “Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”, é a pergunta que vai ser colocada aos eleitores no próximo Domingo. Programa ECCLESIA on-line Razões para escolher a vida

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