Retiros «Desígnios de misericórdia»

O próximo será orientado por D. Manuel Madureira Dias D. Manuel Madureira Dias, Bispo Emérito da Diocese do Algarve, será o orientador do quarto retiro integrado no programa celebrativo dos 90 Anos das Aparições de Fátima. Este quarto retiro decorrerá entre os próximos dias 8 a 11 de Fevereiro, na Casa de Nossa Senhora do Carmo, no Santuário, e terá o tema “Perdoa-lhes Pai, porque não sabem o que fazem” (Lc 23, 34). No primeiro dia de cada retiro, neste caso a 8 de Fevereiro, tem lugar, às 21h00, também na Casa de Nossa Senhora do Carmo, a apresentação da peça teatral “O Filho Pródigo”, uma dramatização da parábola do “Filho Pródigo”, com encenação de Andraej Kowalski, pela companhia de teatro “O Nariz”. Os textos são originais dos escritores Hélder Wasterlain e João Maria André. Entrevista a D. Manuel Madureira Em declarações à Sala de Imprensa do Santuário, D. Manuel Madureira Dias confirma deslocar-se muitas vezes ao Santuário de Fátima onde participa nas peregrinações aniversárias. Sobre o referendo do dia 11 de Fevereiro, o prelado apela sobretudo à participação e que os portugueses pesem bem os prós e os contra, antes de votar. Como recebeu este convite do Santuário: orientar um retiro centrado no tema da misericórdia de Deus? D. Manuel Madureira – O convite foi-me dirigido por um dos membros da Comissão encarregada da promoção deste conjunto de retiros, centrados na temática da misericórdia divina, decorria ainda o ano 2006. Como o conteúdo da mensagem de Fátima está muito centrado na penitência (resposta humana à revelação da misericórdia divina), pareceu-me que o tema se enquadrava muito bem numa celebração aniversária das aparições de Fátima (noventa anos). Anuí, por ter entendido que todos devemos dar o nosso contributo para a divulgação do «Evangelho» da misericórdia. O tema “Perdoa-lhes Pai, porque não sabem o que fazem” continua actual. Continuam as agressões a Jesus através das agressões que os homens fazem aos seus semelhantes. Haverá solução para esta atribulação no mundo? D. Manuel Madureira – Sempre, mas de modo talvez mais evidente nos nossos dias, o tema do perdão dos inimigos é de uma flagrante actualidade. E não há melhor modo de nos apercebermos do seu alcance do que contemplar Cristo na cruz a pedir perdão para os que o crucificavam. Se Ele perdoou, quem somos nós para recusarmos o perdão aos que nos ofendem? Assistimos a muitas agressões, a dignidade humana é continuamente espezinhada. Se não for Deus, pelo seu Cristo, a transformar as disposições dos nossos corações rebeldes, quem será capaz de perdoar? Que mensagem pensa transmitir aos participantes no retiro? D. Manuel Madureira – A mensagem da misericórdia divina; a certeza do perdão de Deus; a urgência de sermos misericordiosos, uns para com os outros, como o nosso Pai é misericordioso para connosco. O retiro termina a 11 de Fevereiro, no dia do referendo nacional. Vai votar? Que expectativas tem sobre esta consulta aos portugueses? D. Manuel Madureira – Com certeza. Apesar de ter de estar, no dia seguinte, outra vez em Fátima, irei votar à terra onde resido, para cumprir este dever humano de consciência. Tenho expectativas positivas, em dois sentidos: que o povo português entenda o que deve fazer, em circunstâncias como esta, e por isso, não se demita das suas obrigações; que vá votar; que vote, em consciência, medindo bem os «prós» e os «contra», relativamente ao magno problema da vida humana, que neste referendo se equaciona.

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