Nas Jornadas de Formação sobre «A História da Igreja em Portugal no século XX – Problemas e respostas, e tendências e perspectivas pastorais» Os padres da diocese de Portalegre – Castelo Branco estiveram em formação permanente sobre «A História da Igreja em Portugal no século XX – Problemas e respostas, e tendências e perspectivas pastorais» para “percebermos as tendências que estavam por detrás das crises e das respostas dadas pela Igreja” – disse à Agência ECCLESIA o Cón. Bonifácio Bernardo, coordenador das jornadas e director do Centro de Cultura Católica da Diocese. Um dos temas reflectidos durante as jornadas – decorreram na Casa diocesana de Mem Soares, de 29 de Janeiro até hoje – foi a recepção do II Concílio Vaticano em Portugal. “O impacto que a modernidade teve na consciência da Igreja e qual a resposta dada a estas novidades” – disse o coordenador das jornadas. O II Concílio do Vaticano está “bem vivo” mas encontrou “resistências”. E acrescenta: “no antes, no durante e no pós-concílio”. Mesmo com mais de quatro décadas há “muitas descobertas a fazer nos documentos conciliares” para “depois serem aplicadas”. Logo no início do século passado deu-se a transição da Monarquia para a República. “O panorama alterou-se imenso especialmente depois da lei da separação em relação à Igreja” – frisou o Cón Bonifácio Bernardo. Com uma conferência de D. Manuel Clemente, bispo auxiliar de Lisboa, foram referidas as tendências que já vinham do regime monárquico. “Nessa altura já estavam previstas algumas mudanças legislativas” que “foram concretizadas pela República” – apurou. Aulas de história para compreender os fenómenos futuros mas também “percebermos as respostas pastorais que foram dadas”. Com esta experiência, os padres ao serem confrontados com “o mundo e crises diferentes possam encontrar estímulo e luz para o caminho criado” – salientou o director do Centro de Cultura Católica da Diocese. Mesmo nos condicionalismos pastorais de hoje, os padres da diocese de Portalegre – Castelo Branco aderiram à iniciativa. “Sentiram que é fundamental compreender o mundo de hoje para responder ao mundo de hoje” e “ficaram estimulados para continuar o seu trabalho pastoral” – concluiu o Cón. Bonifácio Bernardo.