Irmãs de S. João Baptista e de Maria Rainha com nova Conselheira Geral

A irmã Celeste Gonçalves, ex-Superiora Provincial das Irmãs de S. João Baptista e de Maria Rainha, em Gouveia, natural do concelho do Sabugal, foi eleita Conselheira Geral da Congregação e vai trabalhar, na Alemanha, como postuladora da Causa de Canonização do padre João Maria Haw, fundador da ordem religiosa. Celeste Gonçalves foi irmã Superiora Provincial nos últimos três anos, tendo cessado funções no dia 5 de Novembro de 2006, altura em que foi substituída no cargo por Conceição Oliveira Fernandes, natural de Vale de Espinho, Sabugal, após eleição realizada durante o Capítulo Provincial que ocorreu entre 28 de Junho e 5 de Julho do ano passado. Depois disso, na primeira semana de Outubro, realizou-se uma reunião do Capítulo Geral na Alemanha, onde a irmã Celeste Gonçalves foi eleita para o Governo-geral da Congregação religiosa, como Conselheira Geral. No mesmo encontro foi eleita a nova Superiora Geral, que é agora uma irmã indiana “e é a primeira sem ser alemã”, refere a religiosa. O Governo-geral é construído por duas irmãs Conselheiras portuguesas (sendo uma delas a irmã Celeste Gonçalves), uma alemã (ocupa o cargo de Vigária Geral) e duas indianas (uma delas é a Superiora Geral da Congregação). Celeste Gonçalves exercerá o cargo de Conselheira Geral durante seis anos, desempenhando a missão de postuladora da Causa de Canonização do fundador padre João Maria Haw, que nasceu em 26 de Maio de 1871 e faleceu a 28 de Outubro de 1949. Sobre as novas funções, a ex-Superiora Provincial das Irmãs de S. João Baptista e de Maria Rainha, em Gouveia, disse ao Jornal A Guarda que o processo de canonização ao nível da Diocese “tem que ser feito na Alemanha, uma vez que o padre Haw nasceu, viveu e morreu na Alemanha e o processo tem que entrar na sua Diocese de origem”. A irmã encara as novas funções como um grande desafio, mas refere que não terá grandes problemas na habituação, uma vez que já esteve 13 anos na Alemanha e domina bem a língua daquele país. “Estou consciente que é um trabalho difícil, mas tenho confiança que com a ajuda e o apoio que tenho da Congregação e de amigos da Congregação, farei o melhor que posso”, assegura. “O desafio é muito exigente, é um trabalho delicado, difícil, mas ao mesmo tempo bonito e cheio de esperança para a Igreja de Deus e para as Congregações das Irmãs e Missionários de S. João Baptista, porque a Santidade de uma pessoa, na Igreja, é um bem maravilhoso para toda a humanidade e é bem que se torne mais visível no Povo de Deus”, acrescentou. Em relação ao processo de canonização, a religiosa refere: “Não sei bem o que já existe, porque já houve da parte dos Missionários de S. João Baptista, alguns membros que se debruçaram sobre este trabalho. Desde que o padre Weber faleceu, há cerca de 5 anos, parou tudo, o estudo do arquivo estagnou e agora será retomado”. Em Junho deste ano, Celeste Gonçalves tenciona regressar a Portugal, mas entre Outubro de 2007 e Fevereiro de 2008 irá frequentar um curso de postuladores em Itália, na Congregação Para a Causa dos Santos, presidida pelo cardeal D. José Saraiva Martins, natural da freguesia de Gagos, concelho da Guarda. Balanço positivo do trabalho desenvolvido em Gouveia Quanto ao mandato de três anos como responsável pela Congregação das Irmãs de S. João Baptista e de Maria Rainha, em Gouveia, Celeste Gonçalves, faz um balanço positivo. “Foram anos muito enriquecedores porque recebi muito da parte dos membros da nossa Congregação e também de amigos e benfeitores da Congregação. Como celebrámos neste período, os 50 anos do Jubileu da presença em Portugal, tivemos oportunidade de viver momentos muito expressivos de louvor e agradecimento a Deus por estes 50 anos de Graça e de Bem-fazer a nível de Instituto e a nível de Igreja”, afirmou. A irmã refere ainda que “estes três anos foram uma caminhada de profundidade e renovamento a nível de pessoas e de expressão do carisma que o padre João Maria Haw nos deixou”. “Agradecemos aos amigos e benfeitores da obra, todo o carinho e amizade que nos manifestaram”, disse, a terminar. O padre João Maria Haw fundou a União de S. João em 1919 em Leutesdorf na Alemanha. A partir dela, desenvolveram-se duas Congregações: Irmãs de S. João Baptista e de Maria Rainha, aprovada canonicamente em 1928 e Missionários de S. João Baptista em 1948. Os seus membros procuram, à imitação de S. João Baptista seu padroeiro, apontar caminhos que levem os homens à descoberta e ao encontro de Jesus Cristo. A Província de Portugal e Moçambique tem neste momento cerca de 60 irmãs, “com um número crescendo de postulantes e noviças em Moçambique”, refere Celeste Gonçalves. Na Diocese da Guarda a presença das irmãs verifica-se em Gouveia (no Patronato estão 6 religiosas, no Seminário/Escola Apostólica de Cristo Rei estão 4 e na Casa Rainha do Mundo encontram-se 17), em Loriga (3) e Malhada Sorda (4). A sua presença também se verifica nas Dioceses de Santarém (2), Lisboa (3) e Viseu (3). Em Moçambique estão 6 irmãs portuguesas, 6 moçambicanas, 4 indianas, 2 noviças, 6 postulantes e 8 aspirantes.

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