Algarve: Cruz e ícone mariano da JMJ visitaram pessoas portadoras de deficiência, na Fundação Irene Rolo (c/vídeo e fotos)

Presidente da instituição assinala que símbolos representam «a união entre os povos, a inclusão e a não discriminação»

Tavira, 04 out 2021 (Ecclesia) – Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) – a Cruz e o ícone de Maria – visitaram os utentes da Fundação Irene Rolo (FIR), instituição que acolhe pessoas portadoras de deficiência, em Tavira, na peregrinação na Diocese do Algarve.

“Queremos agradecer o facto de se terem lembrado de nós e também de aproximarem estes símbolos da nossa entidade porque há aqui muita gente católica”, disse a presidente da FIR, citada pelo jornal ‘Folha do Domingo’, sobre a visita realizada esta quarta-feira.

Carla Pires explicou que muitos utentes da Fundação Irene Rolo não podem ir à igreja “ou onde estão os símbolos”, por isso, a peregrinação pela Diocese do Algarve passar na instituição foi lembrarem-se “da inclusão” e de participarem “ativamente” na edição internacional da JMJ em Lisboa, que se vai realizar de 1 a 6 de agosto de 2023.

“Alguém que queira participar na Jornada Mundial da Juventude não se pode sentir excluído pela sua condição física. O Papa Francisco quer e conta com a presença de cada um de vocês”, disse um dos elementos da equipa do Comité Organizador Diocesano (COD) do Algarve para a JMJ Lisboa 2023.

Ricardo Starkey explicou que o Papa “quer incluir” todas as pessoas no “grande evento” que Portugal vai receber pela primeira vez, por isso, a visita da cruz peregrina e do ícone mariano à FIR quer dizer a cada um dos seus utentes, “principalmente, dos 15 aos 30 anos”, que podem “estar presentes nessa JMJ”, independentemente da condição.

O jovem do COD Algarve apresentou um breve historial sobre os símbolos, e convidou os presentes a aproximarem-se da cruz para libertarem o que ia dentro do seu coração e da sua mente – “alegria, sonhos, desejos” – porque, “certamente, Deus não se vai esquecer de cada um”.

“Diante deles tanta gente já rezou, já se aproximou de Jesus Cristo, já se interrogou, já se admirou. E agora vocês vão ter essa oportunidade”, realçou o pároco de Tavira, o padre Miguel Neto.

Carla Pires, presidente da Fundação Irene Rolo, destacou ainda que as pessoas portadoras de deficiência “não podem ser catalogadas por isso”, “antes de terem alguma deficiência, são pessoas”.

Ao jornal ‘Folha do Domingo’, a responsável acrescentou que os símbolos representam para todos “a união entre os povos, a inclusão e a não-discriminação”, independentemente do credo ou da religião de cada pessoa.

A Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) em Tavira tem cerca de 180 utentes, dos três meses aos 80 anos de idade; A Fundação Irene Rolo foi criada a 15 de abril de 1982, tem múltiplas respostas sociais, como um lar residencial, centros de atividades ocupacionais, centro de reabilitação e formação profissional, uma Unidade de Novos Projetos para a comunidade imigrante, apoio ao estudo e campos de férias.

A Cruz e o ícone de Nossa Senhora ‘Maria Salus Populi Romani’ da JMJ estão em peregrinação na Diocese do Algarve até dia 27 de novembro, quando vão entregues aos representantes da Diocese de Beja, em Mértola; Já visitaram, por exemplo, o Estabelecimento Prisional de Olhão.

CB/OC

 

 

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Agência ECCLESIA

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