Guarda cria Movimento de defesa da vida

«Guard`a Vida» recolhe assinaturas pela vitória do «Não» no referendo sobre o aborto No âmbito do referendo nacional sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, marcado para 11 de Fevereiro de 2007, está a ser constituído na Guarda um Grupo Cívico, iniciado por cerca de meia centena de pessoas, denominado “Guard`a Vida”, que pretende fazer campanha pelo “Não”. Com vista à sua constituição oficial, está a ser feita uma recolha de assinaturas junto da população, necessitando os promotores de pelo menos 5 mil para que as mesmas sejam entregues na Comissão Nacional de Eleições no dia 12 de Janeiro de 2007. “Trata-se de um desafio gigantesco em que nos é pedido o sacrifício da própria vida e de cujo êxito depende a força da nossa participação na campanha referendária”, refere o movimento numa nota enviada ao Jornal A Guarda. “De alguma forma é como se nos fosse pedido um sacrifício para que aconteça a Vida: dos nossos grupos, nossa pessoal e das crianças que serão salvas do aborto, pela derrota do aborto livre. Neste momento joga-se a sinceridade e verdade do nosso empenho pela Vida e das convicções que dizemos ter”, acrescenta a mesma nota. Na declaração de princípios, o Grupo de Cidadãos “Guard`a Vida” é referido que “é hoje aquisição científica e indiscutível que a vida humana (a vida do ser humano) tem início com a concepção”, acrescentando que “desde então até à morte, a vida humana tem uma identidade própria de cada ser”. É também explicado que “a relação solidária e afectiva entre mãe e filho, seja qual for a fase da vida do filho, faz parte da natureza humana, pelo que nada deve ser feito contra essa solidariedade natural, mesmo que sob a capa do direito da mulher ao próprio corpo, sabido que é pela ciência, que o embrião tem identidade própria desde o seu início”. Outro dos pontos da Declaração de Princípios refere que “uma legislação que permita realizar o aborto por simples vontade da mãe (mulher grávida), seja nas primeiras dez semanas de gravidez, seja antes ou depois delas, é um grave atentado à dignidade da vida humana, à inviolabilidade da vida humana, à igualdade entre todos os seres humanos, à protecção exigível dos mais fracos e à própria ciência”. O Grupo de Cidadãos que defende o “Não” ao referendo sobre o aborto, diz ainda que “perante a profunda consideração da matéria, não devemos ter dúvida em afirmar que a legislação que se pretende referendar é anti-cientifica, anti-democrática, reaccionária e contrária à evolução da humanidade, por ser oposta à dignidade da pessoa humana e ao respeito pela vida – tal como ninguém duvidará que são assim qualificáveis outras legislações, de ontem ou de hoje, como as esclavagistas, as discriminatórias das mulheres, as racistas, as eugénicas, as da pena de morte, as torceonárias, etc.”. O Grupo de Cidadãos “Guarda Vida”, na senda de outros grupos similares, “convicto de que existem alternativas de vida à cultura de morte implícita neste referendo”, diz “Não” à pergunta: “Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez realizada, por opção da mulher, nas dez primeiras semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?”. É ainda explicado que o grupo, terá a Guarda como base territorial, mas desenvolverá a sua actividade “numa perspectiva nacional”, procurando articular-se com outros grupos que pugnam pela vitória do “Não” no dia 11 de Fevereiro de 2007.

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