A revista mensal da postulação da Causa de Beatificação e Canonização de João Paulo II volta, na sua edição de Dezembro, a condenar a venda de relíquias do Papa polaco nos arredores do Vaticano e na Internet. “O problema da venda de relíquias está muito difundida na Internet e permito-me dizer que isso é um sacrilégio”, refere D. Marco Frisina, director do Secretariado para a Liturgia para o Vicariato de Roma. Numa entrevista à revista “Totus Tuus”, nascida em Fevereiro deste ano e disponível em seis línguas para assinantes de todo o mundo (italiano, francês, inglês, polaco, português e espanhol), este responsável esclarece que as relíquias “sempre foram colocadas sob o altar das igrejas para que no altar em que se celebra a Eucaristia fique o testemunho vivo dos que se uniram ao sacrifício de Cristo com a sua vida”. Nesse sentido, “não se podem, de todo, comprar ou vender relíquias de qualquer género, porque são uma coisa sagrada, não têm preço”. O processo continua a decorrer, depois de terem sido recolhidos testemunhos em Roma e em Cracóvia. Para além deste trabalho, há que ter em conta os esforços da “Comissão Histórica”, que analisou os escritos editados por Karol Wojtyla, bem como a documentação manuscrita e escritos inéditos, como textos de conferências ou esboços de discursos. Posteriormente inicia-se outra fase, na Santa Sé: na Congregação para as Causas dos Santos, teólogos, médicos e historiadores irão analisar os dados recolhidos. O processo de beatificação de João Paulo II começou oficialmente a 28 de Junho de 2005, por decisão de Bento XVI, dispensando o período de espera de cinco anos após a morte, como estabelece o Código de Direito Canónico. Entretanto, “um apelo à clareza” subscrito por um grupo de teólogos críticos e de todo o mundo foi enviado ao tribunal eclesial do Vicariato de Roma com o objectivo de lançar luz sobre o que dizem ser aspectos negativos do pontificado de Karol Wojtyla, adiantou a agência de notícias Adista.