Ana Cristina Inglês e a sua família assumiram este acompanhamento há quatro anos
Lisboa, 28 set 2021 (Ecclesia) – Ana Cristina Inglês, juntamente com três famílias de alunos dos Salesianos do Estoril, assumiu,há quatro anos o “apadrinhamento” de uma família refugiada, que assume como uma “missão de alimentar a esperança”.
“Juntou-se a nós mais duas famílias, tem havido o envolvimento de todos, incluindo os avós, e, no fundo, a única coisa que eles precisavam era de conversas era ver que havia esperança, perceber que podiam começar tudo de novo noutro sítio, a nossa missão era alimentar essa esperança, estando ali”, conta a entrevistada à Agência ECCLESIA.
Os Salesianos, através da Solidariedade Salesiana (Solsal), “tratavam de todo o apoio institucional”, abraçando o projeto.
Ana Cristina Inglês e a sua família foram “desafiados” por outra família, com os filhos a frequentar os Salesianos do Estoril, e, “um bocadinho de empurrão”, assumiram o acompanhamento de uma família refugiada síria.
“Nós queríamos fazer alguma coisa, não sabíamos bem o quê e ficámos muito impressionados com as imagens que nos entravam casa dentro, estávamos sensibilizados para o tema, depois aquele passinho era o que faltava, a família Ramirez, mais corajosa do que nós, veio ter connosco a dizer que já teríamos com eles de apadrinhar uma família”, recorda.
A família síria, uma mãe viúva e três filhos adolescentes, vinham “imbuídos do espírito de ter de dar a volta” e isso ajuda a quem os queria acompanhar.
“Eles vieram para Portugal mas com a ideia de ir para a Alemanha, não era bem aqui que eles queriam ficar, no entanto, eram pessoas de bem, muito compreensiva sobretudo aquela mãe, é uma mãe com uma personalidade muito forte, princípios de educação muito enraizados e todos a falarem inglês, o que para nós foi um facilitador enorme”, conta a entrevistada das “Conversas na Ecclesia” desta terça-feira.
Ana Cristina Inglês referiu que a parte institucional, comida, escola e casa foi assegurado pelos Salesianos e que as famílias que apadrinharam faziam a parte da esperança.
“Nós estávamos ali para dar a esperança, ser a família nova deles, que eles não tinham cá mais ninguém, nós visitávamos, convidávamos para a nossa casa, nós passeávamos com eles, nós conversávamos e dávamos o ombro quando ainda a realidade não era o que desejavam”, afirma.
As «Conversas na ECCLESIA» desta semana trazem a realidade de acolhimento de refugiados e as transformações que implicam, que pode acompanhar online de segunda a sexta-feira, pelas 17h00.
SN