Santa Sé pede maior compromisso para acabar com tragédia do Darfur

O arcebispo Silvano M. Tomasi, Núncio apostólico e Observador permanente da Santa Sé na Sede das Nações Unidas em Genebra, denunciou que até agora não foram empreendidas «acções eficazes» para acabar com a tragédia da região sudanesa do Darfur. Ao intervir na terça-feira no Conselho de Direitos Humanos, por ocasião da sessão especial dedicada ao Darfur, o Arcebispo sublinhou que a Santa Sé acompanha há três anos, «com profunda preocupação, o terrível sofrimento do povo envolvido nos trágicos conflitos que estouram de maneira intermitente na região». A situação sobre o terreno, como indica uma grande série de testemunhos oficiais e privados, «mostra uma horrível violação dos direitos humanos: homicídios de crianças, abusos sexuais e violações de mulheres e meninas, deslocamento forçado da população, incêndio de aldeias». A tarefa mais urgente consiste «em acabar com a violência, a destruição e a impunidade», promovendo «uma cooperação activa entre as Nações Unidas, a União Africana e o governo do Sudão». Para alcançar este objectivo, assinalou D. Tomasi, é necessário «dar passos concretos: recolher imparcialmente provas, avaliar as responsabilidades, renovar o compromisso em favor da protecção dos civis, oferecer ajudas humanitárias, desarmar os grupos paramilitares, tudo isso no respeito pelos direitos humanos». O conflito do Darfur, constatou, é «um desafio humanitário fundamental de amplas proporções, mas também uma oportunidade para enfrentar de uma maneira nova, baseada na colaboração, problemas endémicos, para criar um futuro de esperança para o Sudão e para todo o continente africano, muito além dos interesses regionais e internacionais». Redacção/Zenit

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