As instituições de solidariedade ligadas à Igreja Católica continuaram hoje em Fátima a debater o acolhimento dado aos imigrantes e refugiados no nosso país. Na primeira intervenção do dia o Pe. Vítor Melícias insistiu na necessidade de uma “cidadania política, civil e religiosa” que garanta aos imigrantes os mesmos direitos cívicos. Para o Pe. Álvaro de Jesus, Secretário da Comissão Episcopal da Acção Social e caritativa, “nenhum país trata os estrangeiros como os nacionais do ponto de vista político, mas a nível civil todos os cidadãos têm o mesmo direito à educação, à saúde, à segurança social e à habitação”. A nível religioso foi destacada a iniciativa de ceder igrejas a título gracioso para que os ortodoxos possam celebrar o seu culto, como um exemplo a seguir. Durante a tarde o destaque foi dado às experiências de sucesso ou insucesso da imigração, para o que a Comissão Episcopal da Acção Social e Caritativa, entidade organizadora deste evento nacional, convidou os padres Bonifácio, Veríssimo Teles e Marius Pop. Convidou também o engenheiro José da Câmara para relatar as experiências vividas com imigrantes brasileiros, e Rosário Farmhouse, directora do Serviço Jesuíta aos Refugiados, que se referiu à integração dos médicos oriundos de países de Leste. “Imigração humanizada – Desenvolvimento Solidário” é o tema da Semana Nacional de Pastoral Social que congrega cerca de 3 centenas de participantes, no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima, de 1 a 5 de Setembro.
