A OMS (Organização Mundial da Saúde) lançou um alerta sobre a situação da saúde na África, afirmando que “a epidemia da SIDA continua a propagar-se a um ritmo implacável na região subsaariana”. Segundo o relatório da OMS, publicado na reunião regional da organização, em Johannesburgo, África do Sul, dos 42 milhões de pessoas infectadas pelo vírus HIV no mundo, quase dois terços (29,4%) encontram-se na região. Por outro lado, dos 4,5 milhões de pessoas que teriam necessidade urgente de uma terapia anti-retroviral, apenas 50 mil têm acesso ao tratamento. A emergência sanitária não limita à SIDA e a situação dos hospitais, denuncia a OMS, piora a cada dia. Faltam recursos humanos, financiamentos, planeamento e desenvolvimento das infra-estruturas sanitárias. Dependendo das zonas, o número dos leitos disponíveis varia de 0,9 a 2,9 por mil habitantes. A disponibilidade do pessoal sanitário varia de um mínimo de 4 a um máximo de 56 agentes por 100 mil habitantes. A maioria dos Estados africanos, lembra a OMS, “deve adoptar medidas para respeitar o compromisso que assumiram em 2000, em Abuja, de destinar 15% do seu orçamento à saúde.”