Conselho Geral da Cáritas Portuguesa – Conclusões Entre os dias 16 e 19 do mês de Novembro de 2006, a Cáritas Portuguesa reuniu na Ilha Terceira – Açores, em Angra do Heroísmo, o seu Conselho Geral com a participação de representantes de catorze das vinte Cáritas Diocesanas, tendo chegado às seguinte conclusões: O Programa e Acção e Calendário de Actividades para 2007 reforçam os seguintes vectores: Animação Pastoral: Linhas de actuação estratégicas da Cáritas Portuguesa – 2006 a 2009, Encontro Nacional da Cáritas, Operação “10 Milhões de Estrelas – Um gesto pela Paz” e Encontro das cáritas paroquiais; Formação: Projecto “Form@r em Rede”; Intervenção Social: Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para Todos – por uma sociedade mais justa, Observatório social, Protecção social a imigrantes, Promoção do voluntariado, Projecto E-qu@lificação, Emergência, Iniciativas do microcrédito; Comunicação e Imagem; Cooperação Internacional; Departamento Económico. O Programa e Acção e Calendário de Actividades realçam o seguinte: A Cáritas em Portugal deve percorrer caminhos de unidade e de interacção entre as diversas cáritas. A expressão nacional deve ser a comunhão de todas as cáritas; Foram definidas as Orientações Estratégicas da Cáritas Portuguesa, onde se salienta a animação, a comunhão de bens, a formação e a expansão. Deve imperar o princípio da universalidade e da radicalidade no combate aos problemas. Deve promover uma acção social de proximidade que com base no conhecimento solidário procura soluções partilhadas, sem esquecer a dimensão espiritual; A comunhão de bens é o coração da Cáritas; Na sua intervenção a Cáritas deve promover a Doutrina Social da Igreja e a cidadania; Aprovou-se a criação de um Centro de Recursos que permita operacionalizar uma plataforma de trabalho interactiva onde todas as cáritas possam partilhar documentos, experiências e formas de trabalho para rentabilizar os saberes num espírito comunhão; Foi analisado o Orçamento previsional para 2007 e o rectificativo de 2006, tendo ambos sido aprovados; Foi considerado oportuno que se criassem mecanismos de observação social que permitam obter indicadores fiáveis dos principais problemas sociais e assim promover um trabalho em parceria no combate aos mesmos. A sustentabilidade financeira da Cáritas Portuguesa continua a ser uma das preocupações que irá merecer uma análise cuidada no próximo Conselho Geral. O Microcrédito apresenta-se como um interessante instrumento de trabalho para promover as oportunidades dos mais desfavorecidos, na concretização de um projecto profissional; Foi definido como lema da Semana Nacional da Cáritas: “Pela dignidade, igual oportunidade”. As Actividades culminam no terceiro Domingo da Quaresma de dois mil e sete e as celebrações de âmbito nacional do dia cáritas (11 de Março) serão na Arquidiocese de Braga; A Operação “10 Milhões de Estrelas” vai ser implementada por todas as cáritas presentes. Salienta-se a universalidade do valor da Paz. A causa nacional é a ajuda a um Projecto de idosos na Arquidiocese de Fortaleza no Brasil. 30% dos resultados serão aplicados na causa nacional, enquanto os restantes 70% serão geridos pelas dioceses em projectos de apoio a idosos; Foi aprovado que o próximo Conselho Geral de Novembro de 2007 será em Portalegre; Foram aprovados todos os documentos em discussão. Coube a D. José Alves, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, encerrar o Conselho Geral. Dirigindo-se aos participantes, realçou que a missão da Cáritas é: – ser o rosto visível da Caridade da Igreja; – estar atenta aos problemas da sociedade, conhecê-los, entendê-los da forma mais aperfeiçoada possível, aproveitando os métodos técnico-científicos existentes; – cuidar de todos os aspectos que potenciam a prevenção dos problemas. – suscitar a generosidade dos cristãos; – fazer uma distribuição criteriosa, equilibrada e equitativa dos bens que lhe são disponibilizados; – cuidar da formação dos que estão mais implicados na prática da caridade, porque “o bem tem que ser bem feito”. Não basta a compaixão. É necessário passar à acção com a força de um coração generoso, mas determinado. O segredo está em saber conciliar a razão com o coração; Por fim, citando João Paulo II, recordou a necessidade de todos os projectos e acções serem orientados por “uma nova fantasia da caridade”.