CNJP empenhada na campanha de desarmamento Para uma sociedade livre de armas a Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), através do Observatório sobre a produção, o comércio e a proliferação de armas, está empenhada numa campanha de sensibilização para a entrega voluntária de armas e para o esclarecimento da população em geral. Esta manhã, em conferência de imprensa, Manuela Silva, presidente da CNJP apresentou um caderno de documentos fruto da audição pública que o Observatório tem realizado sobre esta matéria, percurso iniciado há um ano atrás. Com o título “Por uma sociedade segura e livre de armas”, constam no caderno comentários e conferências proferidas por personalidades diversas tais como Adriano Moreira, António Vitorino, Frei Bento Domingues ou Raul Esteves entre outros. Durante a audição que o Observatório tem realizado “decorreu uma nova lei das armas que consideramos ser imperativo dar a conhecer o seu conteúdo” afirmou Manuela Silva, uma vez que apela ao desincentivo da posse de armas, assim como “torna mais exigente o seu uso e posse”. Da campanha de entrega de armas, a decorrer até dia 24 de Dezembro, ainda não se conhecem dados mas segundo o chefe do gabinete do Secretário de Estado da Administração Interna, João Labescat “no primeiro mês da entrada em vigor da campanha foram entregues entre 200 a 300 armas”, sem no entanto ter números concretos. Esta campanha está a ser realizada em parceria com o Ministério da Administração Interna. Decorrente desta parceria, no prazo de “15 dias serão distribuídos cartazes e panfletos junto de todas as entidades que se empenhem nesta iniciativa” acrescentou Manuela Silva, dando conta que foi enviada uma carta a todos os bispos “pedindo o empenho de todos para esta sensibilização”. Decorrente do acordo está também previsto num “prazo de 15 dias a disponibilizarão do site do Observatório”, que pretendem ser de carácter informativo. No passado dia 28 de Outubro a CNJP em parceria com o Instituto Português da Juventude, a CNJP realizou uma festa junto dos jovens e crianças “porque acreditamos que serão adultos mais esclarecidos e poderão ser veículos transmissores de mensagem junto dos seus pais no presente” esclareceu Manuela Silva, acrescentando que esta iniciativa vai ter uma réplica em Braga no próximo dia 25 de Novembro. “Esperamos que outras Comissões Diocesanas Justiça e Paz possam levar para a sua realidade esta iniciativa” finalizou a presidente da CNJP.