Referendo em debate

Em boa hora a sociedade portuguesa tomou conhecimento de dois textos que afirmam a posição da Conferência Episcopal Portuguesa e do Sr. Cardeal Patriarca de Lisboa sobre o previsível referendo ao Aborto a que seremos chamados todos. Depois do que se fez publicar neste país sobre a Igreja e o Aborto, havia a expectativa do conforto que estes documentos trouxeram a todos os homens de boa-vontade. Num tempo em que o niilismo e o relativismo parecem dominar a consciência dos homens, tornar clara a Verdade é um imperativo de quem constrói a História. Ora, estes documentos vêm precisamente apontar para a decisão civilizacional a que seremos chamados. Por isso, constroem História. De facto, no aborto concorrem duas realidades, a decisão de consciência e a decisão política, no seu sentido mais nobre. Isto é, qual o futuro desta comunidade a que pertenço, a que pertencem os meus filhos ou netos. Que legado deixarei? Por isso é preciso formar e informar as consciências, e aí o papel inalienável da Igreja. Mas, é também necessário apontar um caminho que conduz a uma lei e, esta é a política. Por isso, se apontam três planos de acção. O primeiro: “…todos os membros da Igreja e todos os que defendem a vida são chamados a participar neste debate esclarecedor das consciências.” (in Nota Cardeal Patriarca de Lisboa). O segundo plano de intervenção – a intervenção política e do debate público, onde o papel determinante há-de ser dos leigos, porque a estes cabe a condução dos destinos políticos, de fazer as leis desta comunidade de homens. Mas, há ainda um terceiro plano de intervenção que notamos – “Mas os leigos poderão contar com todo o nosso apoio nesta luta por uma lei que respeite a vida”(in Ibidem) Estes são documentos que fazem História com Verdade. Isilda Pegado

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