“Os imigrantes não são um elemento decorativo nas comunidades, são parte integrante e natural delas”. É esta a convicção do Vigário Geral da diocese de Setúbal, o Padre José Lobato. E porque a imigração é uma realidade cada vez mais evidente, a diocese viveu ontem um dia de formação do clero sob o tema “Imigrantes nas nossas paróquias e diocese: como viver melhor este desafio pastoral?”. Uma questão que percorrer e encontrou respostas na partilha dos sacerdotes. Exemplos de integração são as festas celebrativas de datas importantes nos seus países de origem “caso da Nossa Senhora da Aparecida, no Brasil”, a liturgia animada por grupos culturais, ou a criação de espaços para celebração dos cultos “caso da Igreja disponibilizada para os ortodoxos” elucida o Vigário Geral. Partindo de dados recentes sobre a imigração, reflectiu-se sobre a proveniência e cultura dos imigrantes que chegam a Setúbal. “Foram retomados dois documentos, um do Bispo de Setúbal sobre o acolhimento e outro sobre as orientações pastorais a prestar aos imigrantes” esclareceu o Pe Lobato. A imigração é um tema “a que os sacerdotes já estão sensíveis” esclarece e sendo uma “realidade evidente”. Mas torna-se importante, não só reflectir sobre o acolhimento mas também “chamá-los à responsabilidade e à sua participação natural nas paróquias” sublinha, sendo a formação do clero um caminho para passar a mensagem às comunidades.