Funchal: Bispo destacou exemplo de «diálogo, cuidado pelos pobres», e esperança de São Tiago Menor

D. Nuno Brás presidiu a Missa Solene do Voto a São Tiago Menor

Foto: Jornal da Madeira

Funchal, Madeira, 01 mai 2021 (Ecclesia) – O bispo do Funchal destacou hoje alguns traços de São Tiago Menor que podem “inspirar” a viver o presente, como o diálogo, a sabedoria, o “cuidado dos pobres”, na Eucaristia que presidiu na Sé.

“O nosso padroeiro convida-nos ao diálogo, à sabedoria que procura olhar toda a realidade com os olhos de Deus, ao cuidado pelos pobres e à esperança que é certeza de que ao Senhor cabe a última palavra sobre cada um de nós e sobre o mundo inteiro”, disse D. Nuno Brás.

Na homilia, enviada à Agência ECCLESIA, o bispo do Funchal explicou, por exemplo, que o diálogo constitui, “ainda hoje, um verdadeiro desafio”, tem como condição a “valorização do outro”, mesmo quando não concorda com a mesma visão da realidade.

D. Nuno Brás recordou que há quase 500 anos o Apóstolo S. Tiago Menor foi escolhido como padroeiro da cidade e Diocese do Funchal, “num momento de grande aflição”, quando o povo madeirense “sentiu a necessidade de olhar para Deus”.

“Confiemo-nos, uma vez mais, nas suas mãos. E, com ele, animemo-nos todos na luta contra o mal que nos habita; na construção de uma cidade sempre mais humana, e de uma comunidade diocesana cada vez mais testemunha da ressurreição de Cristo, como foi o seu padroeiro”, pediu.

O bispo diocesano assinalou que S. Tiago Menor surge “como intercessor junto de Deus” a favor das pessoas e como “exemplo de vida cristã”.

“A sua intercessão tem sido abundantemente percebida ao longo da nossa história — sendo prova disso a presente celebração, desde há 500 anos realizada e querida pelo nosso povo e pelas autoridades de governo”, assinalou.

“Os santos, com efeito, não cessam de interceder por nós, e de ajudar a Igreja peregrina na terra a viver mais firmemente consolidada na santidade, fazendo com que nela aumente a vida da caridade, que é o amor de Deus a agir em nós”, acrescentou na Sé do Funchal.

D. Nuno Brás explicou que a última palavra sobre o homem e o mundo “é a palavra de Deus” e os cristãos não podem “baixar os braços diante do mal”, numa atitude passiva de quem sofre resignadamente o sofrimento e a dor.

“Se sentimos dentro de nós a indignação e a revolta; a insubordinação e o inconformismo; se a consciência nos faz doer o pecado e nos conduz a transformar o mundo que nos rodeia, é porque dentro de nós, na nossa mente e no nosso coração, algo nos afirma a vitória final de Deus, a vitória final do bem, a vitória final do ser humano”, desenvolveu.

O programa comemorativo dos 500 anos do voto a São Tiago Menor conta com celebrações litúrgicas, conferências, lançamento de livro e momentos musicais.

No próximo dia 06 de maio, vai ser apresentado o livro de D. Nuno Brás ‘O justo bispo de Jerusalém. Quem foi São Tiago Menor?’, bispo emérito do Funchal D. Teodoro de Faria, a partir das 18h00, na igreja do Colégio.

CB

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Agência ECCLESIA

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