Igreja/Sociedade: Arcebispo de Évora diz que património pode ser forma privilegiada de «intercâmbio entre a fé e a cultura»

«As nossas obras de arte exprimem a fé de um povo» – D. Francisco Senra Coelho

Foto: Folha do Domingo

Loulé, 23 abr 2021 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora disse que a Igreja “pode fazer muito explicando o seu património”, que pode ser uma forma privilegiada de “intercâmbio entre a fé e a cultura”, falando nas celebrações da ‘Mãe Soberana’, em Loulé.

“As nossas obras de arte exprimem a fé de um povo e, quando o turismo acontece e se encontra com os lugares de culto (as igrejas, os templos, os santuários), é necessário haver uma introdução, uma hermenêutica, uma explicação do significado daquela obra, para que a pessoa usufrua”, explicou D. Francisco Senra Coelho.

Segundo informação enviada hoje à Agência ECCLESIA, pela Diocese do Algarve, o responsável católico assinalou que todos os espaços religiosos estão carregados de “simbolismo” mas, “muitas vezes, as igrejas não têm ninguém a acolher, a explicar”.

Para D. Francisco Senra Coelho, é necessário “despertar” para a formação de guias turísticos e das pessoas que fazem o acolhimento de quem visita os templos.

“Temos dedespertar, quer as Dioceses, quer o país (ou seja, a Igreja enquanto Conferência Episcopal Portuguesa), para termos gente preparada em dois níveis: formadores de formadores e formados nas Dioceses”, exemplificou.

O arcebispo de Évora observou que é importante “ter uma escola”, que prepare pessoas com “capacidade, rigor, profissionalismo”.

D. Francisco Senra Coelho presidiu à ‘festa grande’ em honra de Nossa Senhora da Piedade, conhecida popularmente como “Mãe Soberana”, na cidade algarvia de Loulé.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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