Páscoa: Bispo de Setúbal diz que limitações nas celebrações comunitárias são forma de participar na superação da crise

«Como na Páscoa de Jesus, partimos de uma situação difícil e universal» – D. José Ornelas

Foto: Agência ECCLESIA/HM

Setúbal, 31 mar 2021 (Ecclesia) – O bispo de Setúbal afirmou que celebrar a Páscoa “com limitações”, por causa da pandemia Covid-19, é um sinal da participação responsável no “esforço comum de superar a crise”,

“Este ano, celebramos a Páscoa ainda com limitações, que são sinal da nossa participação responsável no esforço comum de superar a crise, mas também na alegria pela presença do Senhor Ressuscitado entre nós, na esperança ativa e no compromisso concreto de construir um mundo onde todos possamos fazer parte de uma sociedade mais fraterna e solidária”, explica D. José Ornelas.

O texto, enviado hoje à Agência ECCLESIA, assinala que na segunda Páscoa consecutiva marcada pela pandemia Covid-19 é necessária a mensagem da “presença libertadora do Senhor ressuscitado”, na qual se pode encontrar “força e luz para vencer as enormes dificuldades” e caminhos de verdadeira reconstrução e de esperança.

“Como na Páscoa de Jesus, partimos de uma situação difícil e universal; Não fechamos o coração aos que partiram, vítimas da do vírus e de outras doenças e crises; entregamo-los nas mãos do Senhor que é mais poderoso do que a morte”, explica o bispo sadino.

O pão que recebemos e ganhamos, o amor que nos reúne e nos dá força, devem ser repartidos. A fé que professamos e celebramos é para ser anunciada e partilhada, de modo que ninguém seja excluído do difícil, mas dignificador caminho da reconstrução pessoal, da família, do trabalho digno, dos afetos, da presença viva e transformadora de Deus”.

Na mensagem ‘Celebração de Libertação, Solidariedade e Esperança’, o bispo de Setúbal indica que ao longo dos séculos, através dos diferentes povos e culturas, a Páscoa “assume as dores e alegrias da humanidade”.

A Páscoa é a festa central dos cristãos e já no século II há notícia da sua celebração anual; tem as suas raízes na saída do Povo de Israel do Egito, relatada no livro bíblico do Êxodo, e estava ligada a um calendário lunar, não ao atual calendário solar de 12 meses: nos primeiros séculos, as Igrejas do Oriente celebravam a Páscoa como os judeus, no dia 14 do mês de Nisan, ao passo que as do Ocidente a celebravam sempre ao domingo.

O Concílio de Niceia, no ano 325, apresentou prescrições sobre o prazo dentro do qual se pode celebrar a Páscoa – o primeiro domingo depois da lua cheia que se segue ao equinócio da primavera (4 de abril, em 2021).

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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