Conferências Episcopais europeias discutem Migrações

Encontro em Espanha procura soluções conjuntas Realiza-se a partir de amanhã em Siguenza, Espanha, uma reunião do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), que todos os anos se reúne e é composto por países que vão além da União Europeia e este ano discute a “Migração e Juventude: hipótese para a Igreja e para a sociedade na Europa”.. Este Conselho tem por finalidade fazer a coordenação pastoral, prestar informação e formação aos próprios directores e termina com recomendações à União Europeia e às instituições europeias mas também “faz recomendações “ad intra” para as igrejas europeias” refere à Agência ECCLESIA o Padre Rui Pedro da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM) que se prepara para participar desta reunião. Esta reunião vai estender-se até ao dia 24 de Setembro e contará com a presença de delegados provenientes de 26 Conferências Episcopais, para além de diversos observadores. Do programa constam reflexões teológicas e diversos painéis. Um deles irá reflectir a situação portuguesa e “até que ponto a conferência episcopal portuguesa tem reflectido e procurado criar estruturas para os jovens de origem migratória, nascidos ou não em Portugal” refere o Padre Rui Pedro, participantes do painel. O próprio tema aponta para a atenção que a Igreja deve prestar para as comunidades constituídas por imigrantes em países secularizados “que hoje significam a grande esperança. Os jovens têm de ser vistos como uma força no meio das comunidades”. Numa Europa que se dedica a uma nova evangelização é necessário dar um acompanhamento espiritual e pastoral para os imigrantes aponta o responsável pela OCPM, “a imigração bate-nos à porta com mortes e com pessoas que querem trabalhar”. O local onde se realiza esta reunião não é aleatório, dada a situação que Espanha vive com a problemática das migrações actuais. Mas também à Madeira e ao Algarve “chegam imigrantes em contentores “não são muitos” mas acontece. São sinais a que precisamos estar atentos” sublinhando a fragilidade destas zonas. Segundo o Pe Rui Pedro, as políticas nacionais sobre imigração são frágeis, “ou as políticas são concertadas por todos, ou tornam-se ineficazes. Ainda não chegámos à situação de Espanha, mas África é muito próxima” relembra. No sentido de dar passos conjuntos e mostrar solidariedade vai agendar-se ainda para este ano, uma reunião entre a Comissão Episcopal de mobilidade humana espanhola e portuguesa “para que possamos aprender com Espanha e criara soluções conjuntas” sublinha.

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