Diocese procura manter proximidade à população, esperando pelo desconfinamento
Alcains, 24 fev 2021 (Ecclesia) – O padre António Castanheira, administrador paroquial das Paróquias de São Vicente e São João, em Abrantes, referiu à Agência ECCLESIA que a Covid-19 exigiu o recurso ao online, como forma de estar próximo da população, face à suspensão das celebrações públicas.
No último ano, a realidade pandémica trouxe uma “maior dificuldade” de se celebrarem os sacramentos, mas “não deixou de haver casamentos, batizados, eucaristias, confissões e unção dos doentes”.
“O online retira o ambiente da sensibilidade e da experiência do emotivo porque as pessoas deixam-se tocar pela reação visual”, admite, contudo, o sacerdote da Diocese de Portalegre-Castelo Branco.
Para o responsável, também diretor do Seminário de São José de Alcains, a pandemia “não pode esmagar as pessoas”, por isso é fundamental acolher com “liberdade interior” as limitações provocadas pela Covid-19.
Já sobre o sacramento do Crisma, o padre António Castanheira realçou que estes “não foram possíveis” o que causou “sofrimento” nas pessoas, porque estas “criaram expectativas”, sublinhou.
Ao nível de Catequese, este responsável realça que “é uma luta que tem encantos, mas também dificuldades”.
A Diocese de Portalegre-Castelo Branco tem “apostado” nas novas tecnologias, mas essa aposta segue o ritmo de cada comunidade.
“A Igreja está sempre em readaptação e está sempre atenta ao melhor caminho para levar às pessoas o fundamento da sua fé”, acrescenta o padre António Castanheira.
Já o padre Miguel Coelho disse à Agência ECCLESIA que a população da região vive intensamente o período da Quaresma e lamenta a “não realização das tradições”.
Desde o início da pandemia (março de 2020), o pároco da zona pastoral de Alcains nota que “há uma diversidade de oferta de Missas na internet” e considera que é preferível centralizar as transmissões.
Na zona pastoral de Alcains, que tem 10 paróquias, optou-se por recomendar a transmissão da Paróquia da Sé, do arciprestado de Castelo Branco.
“É fácil andar de Missa em Missa e isso não é útil para o alimento da fé”, adverte.
O padre Miguel Coelho acredita que os meses de fevereiro e março vão ser tempos de “minimizar os efeitos da pandemia” e vão dar oportunidade “de se poder celebrar a Páscoa com o povo”.
LFS/OC