Braga: Arcebispo alerta para «situações de sofrimento e de injustiça», em mensagem para a Quaresma (c/vídeo)

D. Jorge Ortiga propõe «cultura do cuidado», com o próximo e a natureza

 

Braga, 10 fev 2021 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga alerta na sua mensagem para a próxima Quaresma, divulgada hoje, para “situações de sofrimento e de injustiça”, propondo uma nova “cultura do cuidado”, com o próximo e a natureza.

“O nosso coração terá de ser tocado por situações de sofrimento e de injustiça que proliferam ao nosso lado, assim como em tantos contextos do planeta”, indica D. Jorge Ortiga, numa intervenção divulgada através do site arquidiocesano e do YouTube, com um vídeo especial.

O responsável desafia as comunidades católicas a estarem atentas às “fragilidades e pobrezas” da sociedade, a partir da própria casa e do trabalho.

“Cuidar dos doentes, dos idosos, do sem abrigo, das vítimas da solidão e isolamento, das situações de violência doméstica, dos migrantes, dos desempregados”, precisa.

D. Jorge Ortiga cita a “gramática do cuidado” proposta pelo Papa na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz 2021.

“Neste mundo de fragmentação e de indiferença, vamos reconhecer, como prioridade, o dever de fomentar a cultura do cuidado”, indica.

Para o arcebispo primaz, é urgente a “construção de um mundo mais humano”, que implica também a renovação das comunidades católicas.

A mensagem para a Quaresma de 2021 tem como tema “Caminhar juntos”.

“Lado a lado, com vidas interligadas, sabendo que ninguém se salva sozinho, proponho que seja tempo para cuidarmos do próximo, humanizando os cuidados que temos, ou devemos ter, uns para com os outros”, escreve D. Jorge Ortiga.

O arcebispo de Braga indica o destino do contributo penitencial ou a renúncia quaresmal, com que cada católico se associa, através dos seus donativos, a uma causa solidária estabelecida em cada diocese.

“A Igreja Arquidiocesana também deve cuidar da pobreza, através do Fundo Partilhar com Esperança e das necessidades básicas da comunidade de Santa Cecília de Ocua, na Diocese de Pemba, em Moçambique”, precisa o responsável.

A Quaresma é um tempo de 40 dias que se inicia com a celebração das Cinzas (17 de fevereiro, em 2021), marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão, este ano a 4 de abril.

OC

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Agência ECCLESIA

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