Redes Sociais: «Queima-te», projeto de evangelização no Instagram nasceu na pandemia

Bernardo e Pedro publicam «ideias muito concretas ou sugestões muito práticas» e têm «um estilo direto», tratando os seguidores «por tu»

Lisboa, 04 fev 2021 (Ecclesia) –Bernardo e Pedro, jovens católicos, dinamizam o projeto de evangelização online ‘Queima-te’, na rede social Instagram, onde partilham temas “da vida cristã pessoal diária” e consideram o confinamento “um bom momento para os levar à prática”.

“O conteúdo da conta vem muito das coisas que cada um de nós vai ouvindo: leituras, conversas com sacerdotes amigos, etc. No fundo, são as lutas do dia-a-dia e as dicas que nos foram dando para crescer em amizade com Jesus Cristo, rezar melhor e viver mais para os outros, tentar ser santos”, explicam os dois jovens que se conheceram num centro do Opus Dei onde participam em atividades de formação cristã.

À Agência ECCLESIA, Bernardo e Pedro referem que procuram publicar “ideias muito concretas ou sugestões muito práticas”, cada “post” tem um tema que pode servir para “reflexão pessoal, ou uma sugestão muito concreta” que se pode pôr em prática no próprio dia.

“Também procuramos ir ao encontro do modo de pensar dos jovens, que dificuldades têm na oração, o que tem prioridade em relação às coisas de Deus, o que os pode entusiasmar no seguimento de Jesus. E pensamos sobretudo naqueles que já são católicos, mas que, como nós próprios, às vezes se esquecem de Jesus no meio das tarefas do dia-a-dia”, desenvolvem.

Os dois amigos partilham temas “da vida cristã pessoal diária”, e consideram que no confinamento “há mais tempo para dedicar à oração e à reflexão, é um bom momento para os levar à prática”.

O projeto de evangelização ‘Queima-te’ começou no dia 28 de novembro de 2020, “explorando as possibilidades de evangelização no mundo digital”, com a ideia de “lançar desafios, pequenas reflexões diárias, sobre temas concretos da vida cristã”, com frases que “’picam’ para mover à ação”, como a publicação: “És católico? Mostra lá!”.

“Tínhamos medo que pudesse ser entendido como uma acusação. Mas arriscamos e pelas reações que tivemos vimos que ajudou muitas pessoas a repensar alguns aspetos da sua vida. Disseram-nos que se sentiram exigidas, mas num bom sentido”, explicam.

Bernardo e Pedro assinalam que não querem que “alguém entenda a conta com uma espécie de guia espiritual”, mas que “depois procurem os sacerdotes e pessoas que possam ajudar cada um”, e quando terminar “este tempo diferente” pensam “continuar”, se virem “que continua a ajudar”

“Nota-se que a mensagem de Jesus ainda toca muitos corações, mesmo naqueles aspetos em que parece mais exigente”, observam.

O nome ‘Queima-te’, surge da expressão de Cristo ‘vim trazer fogo à terra’”, os dois amigos pensam que “o amor de Deus atua como um fogo no coração, leva a agir, a ver a vida de outro modo”.

“O nome também tem a ver com a dificuldade em ser cristão num mundo que não conhece Cristo: Podemos ser gozados, olhados com desdém, criticados. Por isso, pode custar agir como cristão à frente dos outros, ficamos ‘queimados’ na opinião de muitos, mas se nos identificamos mais com Jesus, isso vale a pena”, acrescentam os jovens que atualmente estão em Lisboa.

Com “um feedback positivo”, os dois amigos pensaram que mais conteúdos, novas rubricas com sugestões de ‘livros que queimam’, e filmes, que “exigem um tempo de reflexão mais profundo e pausado”.

“‘Livros que queimam’, o primeiro foi o Evangelho e falaremos sobretudo de livros de santos ou biografias de santos com que os jovens se consigam identificar. Livros que mostram a beleza, o desafio, a alegria de viver plenamente como cristão”, acrescentam, adiantando que gostavam de ter mais conteúdos como “testemunhos, histórias de vida que mostrem como o amor a Deus inflama o coração”.

‘Queima-te’, na rede social Instagram, é um projeto de evangelização recente, que em cerca de dois meses já ultrapassou os cinco mil seguidores, onde os jovens católicos Bernardo e Pedro partilham “posts” que “picam” e procuram “de propósito um estilo direto, tratando por tu, que interpele”.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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