O conflito armado obrigou a Cáritas Líbano a grandes operações de emergência que já ofereceram ajuda a cerca de 75.000 pessoas. Um comunicado divulgado pela confederação internacional do organismo católica revela que o número de abrigos temporários ao longo do país já triplicou, começando a existir uma “crescente dificuldade para ajudar de forma adequada os que estão em necessidade”. A Cáritas afirma que “os serviços e as infra-estruturas estão sob uma pressão enorme”. Várias equipas no terreno têm indicado problemas com a distribuição de água potável, pelo que há riscos claros de um agravamento nas condições sanitárias. “Cada sector geográfico da Cáritas tem voluntários a tentar encontrar novos espaços para oferecer refúgio às pessoas, mesmo a pequenos grupos, mas há uma grande falta de locais para abrigas os deslocados”, refere o comunicado. Ao longo dos últimos dias, as populações do sul do Líbano têm continuado o êxodo para norte, em busca de locais mais seguros – pelo menos em teoria. A Cáritas alerta que, na eventualidade de uma invasão terrestre de Israel, o número de pessoas em fuga aumentará de forma “incontrolável”. Todas as delegações da Cáritas Líbano estão mobilizadas e a elas se uniram equipas de voluntários. As unidades móveis sanitárias estão transformadas em clínicas de emergência e visitam os centros de refugiados.