Rita Valadas recebeu a nomeação «como uma missão de muita responsabilidade» e sucede a Eugénio Fonseca, que recebeu voto de louvor dos bispos católicos
Fátima, 14 nov 2020 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal anunciou hoje a nomeação de Rita Valadas como nova presidente da Cáritas Portuguesa, sucedendo no cargo a Eugénio Fonseca, em comunicado divulgado após a conclusão da Assembleia Plenária que decorreu em Fátima.
Em declarações à Agência Ecclesia, a presidente da Cáritas nomeada pela Conferência Episcopal Portuguesa disse que recebeu o pedido do episcopado “como uma missão de muita responsabilidade”, que encara como um “serviço às Cáritas Diocesanas”.
Para Rita Valadas, ser presidente da Cáritas no contexto da atual pandemia é um trabalho com um desafio acrescido, por não conseguir “chegar tão perto” das pessoas como gostariam.
“O maior benefício da Cáritas em Portugal é chegar muito perto das pessoas e agora não o podemos fazer. Mas equacionaremos todas as hipóteses e soluções em possamos servir quem precisa”, afirmou Rita Valadas.
A nova presidente da Cáritas Portuguesa, Rita Valadas, é licenciada em Política Social e já integrou a direção da instituição católica; integrou ainda o Departamento de Ação Social na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
Os bispos católicos aprovaram um voto de louvor ao presidente cessante da Direção da Caritas Portuguesa, manifestando “vivo reconhecimento pelo serviço que prestou, com muita dedicação, durante sete mandatos”.
Eugénio José da Cruz Fonseca nasceu em Setúbal, em 1957; na diocese sadina foi diretor do Secretariado Diocesano do Ensino da Igreja nas Escolas, até 2002, e presidente da Cáritas local, entre 1987 e 2016.
Em 1999, foi nomeado, pela Conferência Episcopal como presidente da Cáritas Portuguesa, tendo sido ainda presidente-adjunto da União das Instituições Particulares de Solidariedade Social, a atual CNIS, e presidente da Confederação Portuguesa de Voluntariado, cargo que ainda exerce; em 2003, tomou posse como membro efetivo do Conselho Económico e Social
Em declarações à Agência ECCLESIA, Eugénio Fonseca disse que o trabalho na direção da Cáritas correspondeu a um tempo de “grandes desafios”, “desilusões” e de consolidação do trabalho da Cáritas em Portugal.
“Foram tempos de grandes desafios, em que alimentei esperanças e também tive desilusões, fui capaz de suscitar muitas vontades e também algumas inércias. Houve um caminho que foi feito, a Cáritas é conhecida em Portugal, não por ser uma instituição das melhores mas pelo trabalho bem feito e de resposta às necessidades de cada tempo”, afirmou.
Eugénio Fonseca desejou as “maiores felicidades” à nova presidente da Cáritas, recordando que já fez parte de uma direção da Cáritas num dos mandatos a que presidiu.
“A Cáritas não é uma pessoa, nem nós somos a Cáritas. Nós estamos ao serviço da Cárias. E a Cáritas está em perfeitas continuar o trabalho de ajudar, como sempre ajudou, nestas situações”, sublinhou.
Em 1993, Eugénio Fonseca foi condecorado com a Medalha de Honra da Cidade de Setúbal e nas cerimónias do 10 de Junho de 2007 foi agraciado por Aníbal Cavaco Silva, presidente da República Portuguesa, com a Ordem de Mérito, grau de Grande Oficial.
Notícia atualizada às 16h00
PR/OC