O Barroco no Alto Minho

António Fernandes Moreira, historiador e sacerdote da diocese de Viana do Castelo apresentou ontem a obra “O Barroco no Alto Minho”, que é uma investigação histórica no domínio da arquitectura, escultura e pintura desenvolvida naquele estilo na região de Entre-Minho-e-Neiva. Com a chancela do Centro de Estudos Regionais, a obra agora vinda a público, de carácter histórico e com características inovadoras, mais do que descrever ou analisar as obras barrocas, apresenta referências documentais históricas, entre elas escrituras de contrato e inventários. O autor procura realçar datas, nomes, técnicos, preços, condições e prazos. “O Barroco no Alto Minho”, resultado de vários anos de investigação nos arquivos de Viana, Braga e Porto, onde estão depositadas as fontes, vem preencher lacunas históricas sobre uma das épocas mais ricas em obras e monumentalidade, numa região, a Ribeira-Lima, que conta com centenas de monumentos artísticos – palácios e igrejas. As cerca de quatro centenas que integram a obra dividida em três partes, apresentam um vasto conjunto de imagens ilustrativas, precisamente a última. Na primeira, o autor elabora um ensaio síntese acerca da especificidade do barroco Altominhoto. Na segunda transcreve mais de trezentas escrituras notavido pelos pedreiros e escultores da região que, longe dos grandes centros urbanos e próximos da Galiza, lhe deram um cunho regional e raiano. António Fernandes Moreira, vianense por adopção, conjuga as funções de pároco, professor e investigador da história local e regional civil e religiosa. Desde cedo percebeu a importância do porto de mar para a construção da Viana da Foz do Lima, uma área onde detém várias obras de referência, como “O porto de Viana do Castelo na época dos descobrimentos”. Da investigação no domínio da história eclesiástica resultou uma grande obra acerca de “As raízes Históricas da Diocese de Viana do Castelo”. Mais recentemente tem-se dedicado à elaboração da “História de Viana do Castelo em dispersos”, cujo primeiro volume já se encontra publicado. riais relativas a igrejas, palácios e artes decorativas. Não se tratando de uma abordagem exaustiva do assunto, o objectivo de Fernandes Moreira é chamar a atenção para a riqueza, em número e singularidade, do barroco da região.

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