Matrimónio não é equiparável a outras formas de união

Cardeais e especialistas discutem o tema em Valência O Cardeal Julián Herranz, presidente do Conselho Pontifício para os textos legislativos, pediu ontem em Valência que os legisladores de todo o mundo reconheçam que o matrimónio “é a união de um homem e de uma mulher, abertos à procriação”. Intervindo no Congresso teológico-pastoral sobre a família, celebrado no V Encontro Mundial das Famílias, o Cardeal Herranz assinalou que o conceito de matrimónio como união heterossexual é reconhecido e defendido desde a “tradição bimilenar da cultura greco-romana” e que, portanto, “não é postulado da Igreja”, mas uma “realidade antropológica”. Em declaração aos meios de comunicação social, o Cardeal espanhol disse ainda que a genética demonstra que “desde o momento da concepção, a célula fecundada é um ser humano em desenvolvimento”. “Nem os homens de Direito nem qualquer outra pessoa podem esquecer-se disso na hora de tirar conclusões jurídicas, mesmo que seja difícil por causa dos brutais interesses económicos e políticos existentes”, alertou. As questões da família, nomeadamente, a legislação recentemente aprovada sobre o casamento homossexual e as medidas que facilitam o divórcio são assuntos que preocupam a Igreja em Espanha. No Congresso foram abordadas legislações implementadas em vários países para “blindar” qualquer hipótese de equiparação dos matrimónios com as uniões homossexuais, contrariando o efeito “dominó” que se esperava vir a ser criado pela legalização dessas uniões em alguns Estados europeus. Estas temáticas estão a ser tratadas ainda no Congresso dos Filhos, que também está a decorrer no EMF. O vice-chanceler da Universidade Católica de Valência, José Tomás Raga, afirmou que “a família, constituída em matrimónio entre homem e mulher, é a melhor escola para a transmissão de valores, crescimento e conhecimento do amor”.

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