Celebrações decorreram com medidas de segurança e higiene reforçadas, devido à pandemia
Fátima, 13 out 2020 (Ecclesia) – O cardeal D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, elogiou hoje a “responsabilidade cívica” e cristã dos peregrinos que participaram nas celebrações do 13 de outubro, respeitando as indicações de segurança e higiene, por causa da pandemia.
“Desde já, quero agradecer o testemunho da vossa responsabilidade cívica, de aceitar estas limitações, para o bem da saúde pública. É um exemplo cívico, mas também um exemplo cristão, de fé, de amor ao próximo”, referiu o responsável católico, no final da Missa internacional aniversária, celebrada na Cova da Iria.
Tendo em conta a situação epidemiológica atual, o Santuário de Fátima decidiu restringir o acesso dos peregrinos, limitando o número de participantes, com uso obrigatório de máscara e delimitação do espaço, para criar perímetros de segurança.
A peregrinação internacional aniversária de outubro decorreu com conjunto de medidas adicionais, reforçando o plano de contingência em tempo de pandemia para o Recinto de Oração.
O espaço do Santuário contou com marcações no solo, delimitando áreas circulares de ocupação para cerca de 6 mil pessoas, numa área útil de 48 mil metros quadrados.
O cardeal D. António Marto falou num “espetáculo de beleza”, apesar do número reduzido de participantes, “em comparação com as peregrinações dos anos anteriores”.
O bispo da Diocese de Leiria-Fátima convidou os presentes a rezar uma Ave-Maria, em silêncio, pelos doentes e vítimas da Covid-19, os que faleceram e seus familiares em luto.
A intervenção destacou o testemunho “forte” de fé e devoção a Nossa Senhora dos peregrinos que, nos últimos dias passaram por Fátima.
“Caros peregrinos, os meus parabéns, a todos, pelo vosso testemunho. Parabéns e gratidão, pelo vosso testemunho, que estendo também a todos os que nos acompanham neste momento”, em particular aos que desejariam ter participado nas celebrações na Cova da Iria, declarou D. António Marto.
A reflexão recordou que a sexta e última aparição, em outubro de 1917, foi marcada por um “sinal particular e muito significativo”, quando os três Pastorinhos viram Jesus Cristo “a abençoar o mundo”
“A mensagem da Senhora é portadora das bênçãos divinas para este nosso mundo”, acrescentou o cardeal.
O responsável destacou que esta é uma bênção confiada aos católicos para que a levam ao mundo, “com a compaixão, a ternura, o carinho, o cuidado de uns pelos outros, sobretudo pelos mais frágeis, os mais sós, os mais necessitados”.
“A misericórdia de Deus quer abraçar o nosso mundo”, prosseguiu.
D. António Marto agradeceu ao presidente da peregrinação internacional de outubro, D. José Ornelas, bispo de Setúbal, pela sua mensagem “profunda, forte, cheia de interpelações muito oportunas e prementes para estes tempos difíceis de pandemia”.
O cardeal encerrou, como habitualmente, a sua saudação com um cumprimento aos mais novos, através dos pais, mães e avós, e uma “bênção especial para eles”.
Os participantes foram convidados a manter-se nos seus lugares, após o final da Missa, aguardando pelas indicações dos acolhedores, para que a saída decorresse de forma “organizada e segura”.
Na Procissão do Adeus, os milhares de peregrinos presentes procuraram manter-se no espaço que lhes tinha sido indicado, agitando os lenços brancos, como é tradição neste momento conclusivo das celebrações.
OC